ChatGPT não substitui o Google, expande a busca

A popularidade de ferramentas de IA como o Gemini e ChatGPT só aumenta. Com isso, muitas pessoas passaram a supor que a pesquisa do Google está em decadência e será substituída pela IA. Será que isso é verdade? 

De acordo com o estudo da Semrush, não. 

A empresa analisou 260 bilhões de dados de fluxo de cliques entre janeiro de 2024 e junho de 2025, a fim de entender o comportamento de pesquisa das pessoas antes e depois da primeira interação com o ChatGPT. 

O resultado? O ChatGPT não está substituindo o Google, mas expandindo os modos de busca das pessoas.

A seguir detalhamos um pouco mais sobre como o estudo aconteceu e os principais aprendizados. 

Como o estudo foi realizado?

O estudo da Semrush foi feito de forma quantitativa e em larga escala, com análise de dados reais de navegação. Foram analisadas 260 bilhões de linhas de dados de fluxo de cliques, que vieram de uma amostra anonimizada de usuários que optaram por compartilhar seu comportamento de navegação.

Foi medido o número de sessões de pesquisa no Google e realizada uma comparação entre os 90 dias antes e os 90 dias depois da primeira interação do usuário com o ChatGPT. 

Principais resultados

Estes foram os principais resultados obtidos com a pesquisa: 

  • Uso do Google não caiu: Após a adoção do ChatGPT, o número de buscas no Google permaneceu estável. Em alguns casos, houve até um leve aumento no uso médio da Pesquisa do Google; 
  • Confirmada a hipótese de expansão da busca: O ChatGPT não substitui o Google. Ele expande os modos de busca, fazendo as pessoas usarem ambos os canais dependendo da intenção;
  • Comportamento multimodal: As pessoas alternam entre Google e ChatGPT, escolhendo a ferramenta de acordo com o contexto e objetivo da pesquisa.
A imagem mostra o título em inglês "ChatGPT não substitui o Google, expande a busca". Em seguida, há uma tabela mostrando quantas buscas/sessões por semana eram feitas pelo usuário antes de usar o ChatGPT pela primeira vez (10.5) versus após o uso pela primeira vez da IA generativa (12.6).

O que isso significa para SEO? 

O estudo deixa claro o quanto ainda é importante continuar investindo em SEO, afinal o Google não perdeu relevância com a chegada do ChatGPT. Investir em SEO clássico (snippets, dados estruturados, conteúdo otimizado etc.) continua sendo fundamental.

Apesar disso, é importante que os profissionais da área saibam estruturar as estratégias de forma adequada. Os modelos generativos agora são novos canais de descoberta de informação, marcas e produtos. Dependendo do seu objetivo, é importante que você seja citado por lá também. 

Mesmo assim, muitos sites têm enfrentado quedas de tráfego, já que cresce o número de pesquisas sem cliques — quando a pessoa encontra a resposta diretamente na SERP, sem precisar acessar nenhum resultado. Falamos mais sobre isso neste vídeo:

E o que significa para profissionais de marketing em geral?

O ChatGPT se estabelece como um novo canal de interação. Assim, o consumidor, alterna naturalmente entre Google, IA generativa, redes sociais e até marketplaces para buscar informações. 

Esse comportamento transforma as jornadas em experiências multimodais e reforça a necessidade de estratégias de presença integrada, adaptadas à intenção de busca em cada ponto de contato.

Os profissionais de marketing precisam acompanhar de perto a adoção da IA em seus mercados específicos. Como diferentes setores e públicos incorporam o ChatGPT em ritmos distintos, o monitoramento constante se torna essencial para ajustar campanhas, priorizar canais e manter vantagem competitiva.

Por que as pessoas usam o ChatGPT como mecanismo de busca?

Recentemente publicamos uma notícia sobre um estudo com base em dados da Adobe e Similarweb que mostra o comportamento das pessoas que usam IA generativa para buscar informações. 

Ela revela que muitos enxergam o chatbot como um complemento mais rápido, pessoal e conversacional, mas que o Google ainda é preferido em termos de confiança e volume de uso.

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E você, como tem usado as ferramentas de IA generativa? E o Google? Acredita que elas se complementam? Conta pra gente! 

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  • Karine Sales

    Jornalista e criadora de conteúdo digital, atua há mais de 8 anos desenvolvendo estratégias e textos otimizados para blogs, sites e redes sociais.

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