Elyson Gums
Atualizado em 11/08/2025
6 min de leitura
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O Modo IA do Google está longe de ser popular nos EUA. A maioria das pessoas usa o recurso uma vez, depois abandona. Outros indicadores de engajamento, como quantidade de pesquisas, também são bastante inferiores à pesquisa tradicional.
As informações são da agência iPullRank, com base em dados da Similarweb, referentes ao período de maio a julho de 2025.
Entre as principais estatísticas:
Provavelmente os números ainda são modestos devido à dificuldade do Google em tornar o Modo IA o “padrão” do buscador. A ideia é que ele substitua a busca tradicional futuramente, mas é difícil de colocar em prática por causa do modelo atual de monetização do Google, que depende de anúncios.
Além disso, o Modo IA ainda é um grande experimento. Ou seja, as pessoas estão testando e “brincando” com a novidade, o que pode não refletir um padrão de uso normal.
Veja abaixo os detalhes e gráficos sobre a retenção e o engajamento com o Modo IA nos EUA.
A maioria das pessoas testa o Modo IA uma vez, depois para de usar.
Entrando no detalhe:
Segundo a equipe do iPullRank, provavelmente acontece porque o Modo IA ainda não é o padrão da busca. Ainda há muita “fricção” para sair da pesquisa tradicional. Logo, provavelmente apenas um pequeno grupo de interessados usa até o momento.
Vale destacar que o número de pessoas que usa o recurso por mais de 5 dias está aumentando. O anúncio de novos recursos ou maior facilidade de acesso pode aumentar a retenção.
As pessoas fazem pesquisas mais complexas no Modo IA. Em geral, as pesquisas têm mais palavras do que em comparação com o Google.
Os dados da Similarweb indicam que:
Dados internos do Google contam a mesma história: as pessoas fazem pesquisas mais complexas no Modo IA. Daí o número maior de palavras.
A partir de julho de 2025, este comportamento parece ter se intensificado, com a quantidade de palavras aumentando no Modo IA.
Há algumas possibilidades:
Em média, cada pessoa faz 3 pesquisas sempre que usa o Modo IA. O número aumentou ligeiramente após o anúncio de novos recursos, no meio de julho. Apesar disso, a quantidade de pesquisas segue inferior à pesquisa tradicional, com 5 pesquisas por sessão.
Esta é uma métrica interessante, pois o Google a usa constantemente para definir o engajamento com as experiências de IA. Aparece no próprio anúncio do Modo IA (veja a tradução):
Nos nossos maiores mercados, como os Estados Unidos e a Índia, o AI Overviews está gerando um aumento de mais de 10% no uso do Google para os tipos de buscas que exibem o AI Overviews. Isso significa que, uma vez que as pessoas utilizam o AI Overviews, elas passam a fazer mais desse tipo de busca, e o mais interessante é que esse crescimento aumenta ao longo do tempo.
O pico de sessões a partir de julho pode ter três razões:
O Modo IA ainda “não pegou”. Mesmo depois das atualizações, o engajamento permaneceu relativamente o mesmo – e muito abaixo da Pesquisa Tradicional.
Aqui, não tem segredo: o Modo IA não é o padrão no buscador, então não há um uso recorrente ou grandes grupos de pessoas descobrindo a ferramenta.
Apesar do baixo impacto inicial, o Google está apostando as suas fichas no Modo IA. Uma teoria forte dentro da comunidade de SEO é de que, em breve, será a forma padrão de usar o Google.
Para entender todo o potencial da ferramenta, a equipe da iPullRank levantou uma série de critérios:
Acrescento ainda outro critério: a expansão para outros países, especialmente os que não falam inglês. O mais novo lançamento foi no Reino Unido, em julho de 2025. No Brasil, sabemos que será “o quanto antes”, mas ainda não há data.
Observando esses elementos, é possível entender como o Google enxerga o potencial financeiro do Modo IA, e sua respectiva implementação em larga escala.
Esse tipo de análise é importante pois o Modo IA tem implicações sérias para o trabalho de SEO. Entre as principais transformações, está uma queda de cliques ainda maior do que nas AI Overviews.
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Elyson Gums é redator na SEO Happy Hour. Trabalha com redação e produção de conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014, em segmentos B2C e B2B. É bacharel em Jornalismo (Univali/SC) e mestre em Comunicação Social (UFPR).
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