Liz Reid, Head de Pesquisa do Google, afirmou que os conteúdos rasos estão com os dias contados. A lógica é simples: se uma informação já está em uma AI Overview, as pessoas dificilmente clicarão em um site para ler mais.
Esta já é uma abordagem de conteúdo conhecida, que está sendo adotada por grandes portais de todo o mundo.
As falas são de uma entrevista de Liz para um podcast do jornal The Economic Times, da Índia – veja abaixo um resumo traduzido dos pontos que mais interessam a profissionais de SEO.
Conteúdos profundos e de alta qualidade performam melhor
Na visão de Liz Reid, não faz mais sentido publicar conteúdos rasos, que apenas replicam as informações que já saem de uma LLM como o ChatGPT.
As pessoas deveriam realmente produzir conteúdo que interessa às pessoas e não pensar em escrever para o algoritmo. Se você produz conteúdo raso, você acaba não oferecendo mais do que uma AI Overview pode oferecer.
Esse posicionamento não é novo. Durante o polêmico Helpful Content Update, o Google sempre repetia “escreva para humanos, não para buscadores”.
No entanto, agora a lógica muda de figura: além de ser útil, um conteúdo também precisa necessariamente ser autêntico e entregar excelente experiência.
Isso é importante porque, quando uma informação aparece numa AI Overview (ou resposta do ChatGPT), não há incentivo para o clique. Quando um conteúdo consegue se diferenciar, pode atrair cliques mais qualificados.
Este seria o tal “tráfego de qualidade”, principal argumento de defesa do Google sobre os resumos de IA.
O que você vê são cliques profundos – ao otimizar para uma boa experiência, as pessoas de fato vão querer acessar o site. Não para uma coisa de 5 segundos, mas indo realmente mais fundo.
Conteúdo Gerado por Usuários deve ser tendência
O UGC, ou “Conteúdo Gerado por Usuário”, deve permanecer em alta. São os conteúdos produzidos organicamente pela audiência, como textos com resenhas de fones de ouvido, vídeos mostrando maquiagem, posts detalhando experiências com o suporte de alguma marca, entre outros exemplos.
Esse tipo de conteúdo é sempre muito diferente daquele produzido por equipes de marketing. O UGC é considerado mais autêntico, pois é muito nítido que há uma pessoa falando naquele post, e não uma marca. Em muitos tipos de busca, as pessoas confiam mais nesse tipo de resultado.
Segundo Liz Reid, as pessoas buscam cada vez mais por esse tipo de experiência no Google:
Muitas pessoas querem ouvir de outras pessoas. Elas querem se conectar com humanos. Conteúdo na web, vídeos curtos e UGC vão continuar em alta. Também estamos experimentando links nas AI Overviews e no Modo IA para que você possa acompanhar diretamente esses criadores.
O futuro das buscas com IA
Liz Reid também reforçou que a IA não substitui as pesquisas tradicionais. Pelo contrário: é um complemento que permite entregar informações mais rapidamente às pessoas.
O comentário dela foi:
Acho que ainda estamos bem no início. Temos um longo caminho para pensar em como usar IA para reinventar as buscas… Ela não substitui, melhora, permite que a gente reinvente.
O objetivo é tornar possível que você possa perguntar realmente qualquer coisa, e que você possa fazer isso com facilidade.
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Você se sente preparado para lidar com esse cenário de IA cada vez mais presente no Google? Os conteúdos da SEO Happy Hour no LinkedIn, no YouTube e na nossa newsletter podem te ajudar a se preparar e se informar bem sobre o tema.
Elyson Gums é redator na SEO Happy Hour. Trabalha com redação e produção de conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014, em segmentos B2C e B2B. É bacharel em Jornalismo (Univali/SC) e mestre em Comunicação Social (UFPR).
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