Elyson Gums
Jornalista e mestre em Comunicação Social. Produzo conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014.
Elyson Gums
Atualizado em 07/05/2025
5 min de leitura
Renderização do lado do cliente ou do lado do servidor são duas formas de transformar o código do seu site em conteúdo visual. Quanto melhor o processo, melhor a experiência de página e performance do site.
Dito isso, qual é a melhor opção para o seu site?
Martin Splitt, porta-voz do Google, deu a resposta em uma entrevista. E, como quase tudo em SEO… Depende.
Antes de falar especificamente sobre renderização do lado do cliente ou do servidor, é importante entender como o Google processa arquivos JavaScript.
Segundo Martin Splitt, o processo dura minutos. Por isso, atrasos de renderização costumam ter outras origens, não a dificuldade em lidar com JS.
Inclusive, essa capacidade coloca os crawlers do Google à frente da concorrência, quando o assunto é IA. Rastreadores de serviços como o ChatGPT ainda não conseguem renderizar JavaScript, o que pode tornar parte das páginas inacessível.
Outro ponto importante do Googlebot é que ele renderiza todos os tipos de página, mesmo as mais pesadas. Ele não “prioriza” o rastreamento com base nos recursos gastos para a tarefa. Ainda assim, é importante ter atenção ao uso e carregamento desses arquivos, pois eles têm impacto direto na performance do site.
A escolha depende do que o site faz. Esse é o consenso geral sobre a escolha; Martin Splitt apenas reforçou o pensamento.
Segundo o porta-voz:
Para complementar o raciocínio, ele trouxe alguns exemplos:
Se você tem um site “clássico”, que basicamente apenas apresenta informação aos visitantes, então depender de JavaScript [para exibir conteúdo] pode ser uma desvantagem. Pode quebrar, causar problemas, tornar tudo mais lento, exigir mais bateria do celular. Não é um ou outro. São duas ferramentas. Você precisa de um martelo ou de uma chave de fenda? Isso depende do que você quer fazer.
Trouxemos essa mesma análise na newsletter da SEO Happy Hour, em outubro de 2024. Na ocasião, também detalhamos os dois tipos de renderização, suas diferenças e quando usar cada uma. Veja as principais informações abaixo:
Neste método, o navegador já recebe arquivos prontos para renderização de forma imediata.
Para cada página visitada, ocorre o seguinte processo:
Logo, desde o primeiro momento uma versão completa da página é exibida. Como o conteúdo não depende de arquivos JavaScript para ser exibido, aparece na tela mais rapidamente.
Já na renderização do lado do cliente, todo o processo ocorre no navegador. Começa mais devagar, mas torna-se mais eficiente em escala, pois não é necessário carregar diferentes arquivos para exibir os conteúdos subsequentes.
O processo funciona assim:
É um processo mais complexo, mas que traz diversas vantagens, como economia de recursos de servidor e maior velocidade em carregar novos elementos de conteúdo.
A principal diferença são os passos necessários até que o visitante possa ver a versão completa da página.
Na renderização do lado do servidor, o processo é mais rápido, pois o HTML já chega “pronto” ao navegador. Isso também também facilita a leitura por parte de rastreadores como o Googlebot.
Já na renderização do lado do cliente, o navegador carrega primeiro uma versão básica da página, que depois é complementada pelo JS. Por isso, podem ocorrer atraso inicial de carregamento e erros na indexação de páginas em buscadores.
Como regra geral, páginas estáticas usam SSR e páginas dinâmicas usam CSR. É a dica de Martin Splitt, que resume bem os principais casos de uso de cada modelo.
Se você quiser ir além, também pode considerar o seguinte:
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O melhor momento de tomar esse tipo de decisão é na hora de lançar um novo produto. Assim, você pode dar o pontapé inicial com tudo já otimizado. Recomendamos consultar especialistas em SEO para tomar esse tipo de decisão e alinhar as necessidades de marketing, SEO, produto e desenvolvimento.
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