O que são Accelerated Mobile Pages (AMP) e qual sua influência em SEO?

Accelerated Mobile Pages, ou AMP, são páginas que carregam extremamente rápido em dispositivos móveis. É um framework criado pelo Google para gerar páginas com HTML, CSS e JavaScript simplificados.

A plataforma AMP foi lançada em 2015 com código aberto e foco total na experiência dos visitantes. É uma estrutura que dá suporte para criação de páginas, web stories, anúncios e e-mails. 

Esta tecnologia já foi comum em projetos de SEO, especialmente em portais de notícias, mas não é mais tão usada. 

Qual a influência das páginas AMP em SEO?

Ter páginas AMP em um site não influencia diretamente a visibilidade em mecanismos de busca.

Em seu guia de SEO, o Google afirma claramente:

“Na Pesquisa Google, a AMP não é um fator de classificação, mas a velocidade é. A Pesquisa Google aplica o mesmo padrão a todas as páginas, seja qual for a tecnologia usada na criação”.

Inicialmente, havia benefícios exclusivos para usar o framework. Por exemplo, até 2021, ela era necessária para aparecer em destaque na aba de Notícias e no Google Discover. 

Atualmente não há benefícios exclusivos em usar AMP. O Google avalia as métricas de core web vitals para entender se um site corresponde às suas expectativas de performance e experiência de visitante. 

O Google ainda usa AMP?

Apesar de não priorizar sites que usam AMP nos resultados de busca orgânica, o Google ainda oferece suporte para a tecnologia. Inclusive, vale destacar que a AMP não é “exclusiva” do Google. O Bing, por exemplo, anunciou suporte em 2016.

Apesar disso, seu uso tornou-se frequente porque era obrigatório para obter boas posições em certos segmentos da pesquisa do Google. Durante alguns momentos, o buscador chegou até a incluir um selo que indicava quando a página era AMP.

Ainda vale a pena investir em páginas AMP em 2024?

Para decidir se vale a pena criar ou não ter páginas AMP no seu site, vale observar os benefícios e desvantagens do framework.

O maior ponto positivo é a velocidade de carregamento. O principal ponto negativo são as limitações de design e criação. Além disso, o Google não prioriza AMP em nenhum de seus produtos.

Na visão de Rafael Simões, CEO da SEO Happy Hour, não vale mais a pena ter AMP no site:

“Todo benefício que o AMP tinha há anos atrás, o Google já removeu, como as exigências para aparecer no Google Discover e em Notícias também. Se o site tem boas core web vitals, não precisa de AMP”.

Grandes portais e grupos de conteúdo já pararam de usar AMP, como o grupo Vox Media, dona de sites como Polygon e da revista New Yorker.

Se você precisa melhorar a performance do seu site no Google, é mais relevante pensar em termos gerais de experiência do visitante:

  • Performance: quão rápido o site carrega;
  • Responsividade: tempo de respostas às ações dos visitantes;
  • Estabilidade visual: o site não “quebra” enquanto está carregando.

Para ter um site rápido e funcional, o ideal é investir em melhorias de SEO Técnico. Assim você terá controle geral sobre como o site funciona, sem depender de estruturas de terceiros. 

Como funcionam as páginas AMP?

As páginas AMP têm três componentes principais:

  1. AMP HTML: é um subconjunto de HTML, com restrições e modificações que tornam o carregamento da página mais rápido;
  2. AMP JavaScript: são bibliotecas e componentes que permitem a criação de páginas sem usar JS, o que também aumenta velocidade e responsividade;
  3. AMP Cache: é um cache próprio que armazena páginas AMP e as acessa mais rapidamente a partir da pesquisa orgânica. 

Como criar uma página AMP?

Se você quer criar uma página AMP para entender melhor como funciona, ou como desafio técnico, siga os guias do site da AMP. Existem tutoriais guiados e a lista de documentações necessárias para entender as especificações do framework.

O modo mais rápido de criar é por meio de plugins para CMS, como WordPress ou Drupal. Eles automatizam certas partes do desenvolvimento e facilitam a gestão das páginas.