Hreflang é um atributo HTML para especificar a região e o idioma de uma página, em casos onde há mais de uma versão do conteúdo. A tag informa aos buscadores quais versões exibir, com base na localização de quem está pesquisando.
Imagine que o seu site é brasileiro, mas tem uma versão em inglês.
Por meio da tag hreflang, você pode sugerir que o Google mostre a versão inglesa para quem estiver nos EUA. E quem estiver no Brasil verá a página padrão.
Você pode fazer isso com qualquer idioma ou localidade. Por exemplo, se você tiver um site na Bélgica, pode indicar ao Google para exibir versões em francês, alemão e holandês.
Por que a tag hreflang é importante em SEO?
A hreflang é importante em qualquer site que tenha conteúdo em múltiplos idiomas. Por meio dela, o Google entrega a versão mais adequada para cada visitante, o que pode impactar diretamente o engajamento e as conversões.
Além disso, a tag impede o conteúdo duplicado. Sem a marcação HTML adequada, o Google pode entender que as páginas são cópias e não estão relacionadas. Se isso acontecer, a visibilidade na pesquisa orgânica fica prejudicada.
Isso é relevante em diversas situações:
Páginas com um mesmo idioma, mas diferentes moedas. Por exemplo, exibir preços em Euros na Espanha ou Pesos na Argentina;
Páginas com variações de um mesmo idioma, como português brasileiro e de Portugal, ou inglês americano e britânico.
Nos casos acima, o conteúdo terá apenas pequenas variações, como moeda ou ortografia de palavras. Se estiverem marcadas com a tag hreflang, o Google entenderá que são conteúdos para audiências específicas. Ou seja, não há impacto negativo no SEO.
Segundo Gary Illyes, engenheiro do Google, a tag hreflang permite obter tráfego mais segmentado:
“Você NÃO receberá benefícios de classificação na pesquisa orgânica em si, ao menos não no sentido tradicional do termo. O que você receberá é tráfego mais segmentado”.
A explicação é de 2019 e foi publicada em uma thread no Reddit. Na mesma discussão, ele explica como tag hreflang funciona na prática:
“Vamos supor que você tem uma página A em inglês e uma página B em espanhol, com hreflang marcando a relação delas.
Nesse caso, o que aconteceria é que, ao ver a pesquisa, exibiríamos a página A, porque parece mais relevante. Mas então veríamos a página B relacionada, que seria localizada para aquele visitante, então fazemos uma segunda busca no índice e exibiremos B, na mesma posição em que A estaria”.
Além disso, você deve adicionar uma tag hreflang na página em inglês, apontando de volta para a página principal.
Caso seu projeto for complexo (com muitas páginas ou variações de idioma) ou você nunca tenha feito implementações deste tipo, sugerimos buscar um parceiro especialista em SEO técnico e SEO internacional para te ajudar.
O header ou cabeçalho HTTP é um campo que passa informações adicionais sobre o conteúdo de uma página. Você pode usá-lo para inserir a marcação hreflang.
O Google tem uma série de recomendações sobre o bom uso da tag. Veja as principais:
Cada versão de idioma precisa listar a si mesmo e todas as outras;
Use sempre https:// ao listar URLs;
Todas as versões de página devem estar no mesmo domínio;
Se duas páginas não apontarem uma para a outra, a marcação será ignorada;
Use o valor x-default para indicar uma versão “padrão” de página. Ela será exibida em qualquer idioma ou localidade que não esteja especificado pela tag hreflang;
Como validar a implementação?
O Google indica algumas ferramentas de terceiros para gerar tags ou verificar se as que você criou estão corretas. São elas:
Os erros mais comuns que impedem o funcionamento correto da tag são:
Se você vincular a página A com a página B com uma hreflang, deve adicionar a mesma tag à página B, vinculando de volta à página A;
Códigos de idioma incorretos. Por exemplo, usar en-uk ao invés de en-gb para inglês no Reino Unido. Verifique o padrão de códigos válidos quando implementar no seu site.
Elyson Gums
Elyson Gums é redator na SEO Happy Hour. Trabalha com redação e produção de conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014, em segmentos B2C e B2B. É bacharel em Jornalismo (Univali/SC) e mestre em Comunicação Social (UFPR).