Pode surpreender muita gente, mas Sam Altman não considera o ChatGPT um concorrente do Google. Ao menos, não como um mero “mecanismo de busca”.
De acordo com o CEO da OpenAI, a grande qualidade do ChatGPT é ajudar a concluir tarefas, não pesquisar informações.
As informações são de um painel no Y Combinator, em junho de 2025. Na ocasião, ele explicou as origens da OpenAI, planos de futuro e a evolução da ferramenta.
O vídeo abaixo tem a entrevista na íntegra. Neste post você verá a tradução de alguns momentos relevantes (e curiosos) relacionados ao papel do ChatGPT como um buscador.
Evoluindo além de um mecanismo de busca
Para Sam Altman, o ChatGPT já foi um concorrente do Google, mas superou esse estágio. Hoje, o produto está mais maduro e pode fazer muito mais.
Por muito tempo o ChatGPT foi como um substituto do Google… E parecia uma versão mais avançada da pesquisa orgânica. Agora você pode realmente pedir [à IA] para interpretar um código, ou fazer uma pesquisa aprofundada… E ela voltará pra você com uma proposta.
O CEO acredita que a ferramenta é equivalente a um analista júnior. A expectativa é ir muito além disso.
A competição com o Google
O caminho que a OpenAI está seguindo é de melhorar as habilidades de análise e execução do ChatGPT. Por isso, o estágio de competição com o buscador do Google já estaria superado.
É um ponto de vista bem interessante, já que muita gente jurou de pés juntos que o ChatGPT ia matar o Google. Não é bem por aí – e a ideia não é nem competir, já que a visão de produto da OpenAI é diferente.
A fala faz bastante sentido, mas na prática, não é bem por aí. O fato é que é quase impossível tirar o Google do topo do mercado de buscas.
Logo, “substituir o Google” está longe de ser tão simples quanto parece.
Outro detalhe curioso é que o Google parece estar se movendo na mesma direção que a OpenAI. Durante o I/O 2025, o Google também revelou planos de desenvolver modelos mais autônomos, que interagem em tempo real com as pessoas.
Logo, por mais que o ChatGPT não se considere um “mecanismo de busca”, provavelmente será sim um competidor do Google, ao menos em algumas áreas.
Memória e reflexão no ChatGPT
Na OpenAI, o recurso de memória do ChatGPT é um dos preferidos de Sam Altman. Ela permite à LLM lembrar das conversas e preferências de cada pessoa.
É um passo na direção que a OpenAI deseja pro futuro: um assistente pessoal realmente autônomo, capaz de notificar visitantes quando necessário, ou realizar ações por conta própria.
Isso significaria, por exemplo, enviar uma mensagem no WhatsApp sempre que um boleto estiver próximo do vencimento. Ou fazer uma análise de concorrentes todo dia 10 de cada mês.
A visão de Sam Altman é tornar o ChatGPT capaz de lidar com fluxos de trabalho cada vez mais intensos. Ou seja, capaz de programar melhor, cumprir tarefas detalhadas, com múltiplas etapas e automatizar rotinas cada vez mais complexas.
Outro detalhe curioso: na visão dele, a tecnologia de IA generativa está evoluindo mais rápido do que as empresas conseguem acompanhar.
Integrações de ferramentas ao ChatGPT
Sam Altman confirmou que em breve o ChatGPT poderá se conectar diretamente a diversas ferramentas e plataformas, o que aumenta ainda mais o potencial de transformação da ferramenta.
Por exemplo, você poderá fazer perguntas em linguagem natural para analisar os dados do seu CRM. Ou identificar padrões em quedas de tráfego usando os dados da sua ferramenta de analytics.
Se recursos assim forem liberados de forma massiva, o ChatGPT será ainda mais diferente de uma plataforma de pesquisa de informações.
Será que o Google também mudará o foco do seu produto principal para acompanhar o ritmo?
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O futuro é promissor, mas é sempre necessário ter cautela. O ChatGPT erra, alucina, te passa informações erradas e não avisa, e assim por diante. Não importa o quanto a ferramenta avance, ela será apenas isso: uma ferramenta, nunca uma substituta.
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Elyson Gums é redator na SEO Happy Hour. Trabalha com redação e produção de conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014, em segmentos B2C e B2B. É bacharel em Jornalismo (Univali/SC) e mestre em Comunicação Social (UFPR).
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