Karine Sales
Jornalista e criadora de conteúdo digital, atua há mais de 8 anos desenvolvendo estratégias e textos otimizados para blogs, sites e redes sociais.
Karine Sales
Atualizado em 21/10/2025
4 min de leitura
Liz Reid, vice-presidente de Pesquisa do Google, deu uma entrevista para o The Wall Street Journal e explicou que o conceito de spam foi ampliado. Agora, conteúdos que não trazem uma perspectiva ou profundidade também entram na classificação.
Isso quer dizer que: se você criar um texto genérico, apenas repetindo informações que já estão na internet, oferecendo baixo valor, pode acabar não tendo prioridade no ranqueamento.
Confira a seguir este e outros pontos abordados por Reid na entrevista.
Reid reconheceu que nem todo conteúdo criado por inteligência artificial é ruim. O que realmente importa para o Google, é se o conteúdo entrega valor. Se ele for robótico ou redundante, aí sim você terá um problema.
Vale lembrar que o Google já tinha se pronunciado sobre essa questão outras vezes. Inclusive, temos um texto aqui no site que explica como criar conteúdo usando IA de acordo com as diretrizes da big tech.
A VP do Google disse que o público não busca respostas rasas, mas conteúdos que expressem uma voz humana e autêntica. Nas AI Overviews, as pessoas clicam mais em páginas que oferecem profundidade e originalidade, evitando textos superficiais.
“As pessoas não querem esse conteúdo superficial gerado por IA porque, se clicarem nele, não aprenderão muito mais do que antes. Elas não confiam mais no resultado”.
O Google prefere colocar na AI Overview sites que criam conteúdos que ensinam e opinam, não apenas informam.
A Reid inclusive cita o termo “craft” para denominar os conteúdos que a big tech tem valorizado: um trabalho bem elaborado, autoral e comprometido com a qualidade – algo em que a pessoa realmente colocou a mão na massa para fazer.
Conteúdos que demonstram terem sido feitos com mais tempo de pesquisa e esforço, com reflexões originais, ganham mais peso (o que eles chamam de “upweight”) no sistema de busca.
Outro destaque da entrevista é que Liz disse que o sistema de busca do Google aprende diretamente com o comportamento do usuário.
A gente já sabia disso, pois já havia sido descoberto que o Google usa dados dos visitantes em todas as etapas do processo de busca, desde o rastreamento (crawling) e indexação de páginas até a classificação dos resultados (ranqueamento).
O que as pessoas consomem (vídeos curtos, fóruns, artigos longos, etc.) orienta a plataforma a privilegiar esses formatos. O algoritmo se ajusta continuamente com base nesses sinais.
Basicamente, nada mudou depois dessas declarações, né?
A máxima continua ser criar conteúdos substanciais, que realmente agreguem algo de novo para o leitor. Para criar isso, é essencial colocar a sua opinião e ponto de vista no texto, além de investir tempo em pesquisa, estrutura e clareza.
Aqui na SEO Happy Hour a gente costuma ler diversas fontes do mundo do SEO e tecnologia; e muitas vezes usamos elas como base para nossos conteúdos. Porém, a gente coloca o crédito dessas fontes e acrescenta no texto a nossa visão e opinião, sempre que possível.
Como jornalista, eu sempre trabalhei dessa forma, e fico feliz que o Google está valorizando isso e tentando “criar uma nova internet”, com mais qualidade.
Mas como leitora, eu sinto que estamos bem no começo dessa mudança. Ainda vejo sites muito ruins sendo ranqueados em boas posições, inclusive sites que fazem cópia, conteúdo automatizado, cheios de spam etc.
Porém, eu vejo também que esses sites não dominam por muito tempo! Se o Google eliminasse de vez o ranqueamento de sites com conteúdo ruim e péssima experiência do usuário, aí sim a coisa ficaria interessante.
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