A nova jornada do consumidor com IA, Google e redes sociais

A jornada de busca e compras digitais está cada vez mais fragmentada entre mecanismos tradicionais, ferramentas de IA e redes sociais. Pelo menos é o que diz a pesquisa da Yext, feita com consumidores dos EUA. 

As pessoas alternam entre diferentes canais para descobrir e validar informações, o que obriga as marcas a se adaptarem para continuarem visíveis e relevantes… em todas as plataformas!

Apenas 11% dos consumidores confiam na primeira ferramenta usada para buscar informações, mas o dado mais relevante é como isso redefine o processo de descoberta: quase 9 em cada 10 usuários ampliam suas buscas para comparar, validar e explorar novas fontes.

Por exemplo, eu quero comprar uma câmera, mas ainda estou em dúvida do modelo, se quero analógica ou digital, qual o melhor lugar para comprar etc. Enquanto essas dúvidas ainda estão na minha cabeça, eu procuro informações em todo lugar: Google, Youtube, TikTok, Instagram etc.

Busca tradicional ainda é favorita em assuntos sensíveis

Falando um pouco mais sobre os resultados da pesquisa, foi descoberto que 45% dos consumidores ainda começam suas pesquisas em buscadores tradicionais, mas ferramentas de IA (15%) e sites de review (14%) já aparecem como os próximos pontos mais usados.

Ainda assim, a busca tradicional segue na liderança quando o tema exige confiança. Em assuntos sensíveis — como saúde, finanças pessoais, questões legais, segurança ou carreira —, 62% dos entrevistados ainda recorrem ao Google e a outros mecanismos de busca em vez de usar IA ou redes sociais.

O mesmo comportamento se repete nas decisões cotidianas, que envolvem buscas práticas e rápidas, como endereços, horários de funcionamento, receitas e instruções do dia a dia. Nesse caso, 60% das pessoas também preferem os buscadores tradicionais pela familiaridade e pela percepção de maior precisão nas respostas.

Redes sociais levam à descoberta e validação

A pesquisa também destacou o papel das redes sociais na jornada de descoberta. Plataformas como TikTok, Instagram e YouTube não servem apenas para entretenimento. Elas se tornaram fontes confiáveis para informações sobre produtos e serviços.

Eu não me lembro a última vez em que comprei algo online, sem antes ter checado se a empresa tinha um perfil bacana e atualizado no Instagram. Também costumo procurar no TikTok qual a experiência de outras pessoas com o produto/serviço. 

Mais da metade dos entrevistados (52%) afirmaram usar redes sociais para procurar avaliações de produtos, enquanto 48% buscam recomendações locais e 47% procuram conteúdos de instrução ou tutoriais.

Esse comportamento mostra que os consumidores dependem cada vez mais da prova social, validando suas escolhas com opiniões de outros clientes e influenciadores. 

IA cresce como ferramenta de exploração e criatividade

O uso de ferramentas de inteligência artificial na busca de informações está em forte ascensão. 73% dos entrevistados afirmaram ter passado a usar IA no último ano, e 45% já utilizam essas ferramentas diariamente.

A IA é especialmente valorizada na fase de exploração e aprendizado. 54% dos consumidores recorrem à essas plataformas para pesquisa e informações gerais, 48% para geração de ideias criativas e 43% para análise e planejamento.

No entanto, quando a decisão envolve a compra efetiva, os consumidores ainda priorizam fatores tradicionais, como preço, especificações e avaliações de outras pessoas. 

As novas personas do futuro da busca

Outro ponto importante do estudo conduzido pela Yext foi a identificação de seis personas que representam os diferentes tipos de pessoas que navegam e tomam decisões hoje na internet: 

  • O Tradicionalista (24% dos entrevistados): confia em buscadores consolidados e fontes oficiais, sobretudo em temas sensíveis;
  • O Caçador de preços (21%): busca eficiência, promoções e comparativos objetivos;
  • O Explorador (18%): usa IA para descobrir novas conexões e expandir ideias;
  • O Criador (15%): usa IA não só para encontrar respostas, mas para inventar novas, explorando a tecnologia como uma ferramenta de inspiração e produção criativa;
  • O Buscador de prova social (14%): só compra após validar se o produto/serviço é bom mesmo, com base em reviews ou influenciadores;
  • O Buscador acidental (8%): descobre produtos sem intenção, por acaso, ao navegar nas redes sociais.

E aí, com qual persona você se identifica?

O que tudo isso significa para as marcas? 

Depois de analisar todos esses dados, fica bem claro que a busca não é mais uma jornada única, e sim algo bem mais complexo que passa por diversas plataformas e formatos. 

Em vez de otimizarem apenas palavras-chave, as marcas precisam otimizar para tópicos. Ou seja, garantir que seu site esteja estruturado e preparado para ser compreendido e exibido corretamente por máquinas, assistentes de IA e mecanismos de busca.


O que você achou deste conteúdo? Conta pra gente! Lembre-se de ouvir nosso podcast, se inscrever na newsletter e no nosso canal no Youtube

  • Karine Sales

    Jornalista e criadora de conteúdo digital, atua há mais de 8 anos desenvolvendo estratégias e textos otimizados para blogs, sites e redes sociais.

Comentários

0 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *