Karine Sales
Jornalista e criadora de conteúdo digital, atua há mais de 8 anos desenvolvendo estratégias e textos otimizados para blogs, sites e redes sociais.
Karine Sales
Atualizado em 10/10/2025
5 min de leitura
A jornada de busca e compras digitais está cada vez mais fragmentada entre mecanismos tradicionais, ferramentas de IA e redes sociais. Pelo menos é o que diz a pesquisa da Yext, feita com consumidores dos EUA.
As pessoas alternam entre diferentes canais para descobrir e validar informações, o que obriga as marcas a se adaptarem para continuarem visíveis e relevantes… em todas as plataformas!
Apenas 11% dos consumidores confiam na primeira ferramenta usada para buscar informações, mas o dado mais relevante é como isso redefine o processo de descoberta: quase 9 em cada 10 usuários ampliam suas buscas para comparar, validar e explorar novas fontes.
Por exemplo, eu quero comprar uma câmera, mas ainda estou em dúvida do modelo, se quero analógica ou digital, qual o melhor lugar para comprar etc. Enquanto essas dúvidas ainda estão na minha cabeça, eu procuro informações em todo lugar: Google, Youtube, TikTok, Instagram etc.
Falando um pouco mais sobre os resultados da pesquisa, foi descoberto que 45% dos consumidores ainda começam suas pesquisas em buscadores tradicionais, mas ferramentas de IA (15%) e sites de review (14%) já aparecem como os próximos pontos mais usados.
Ainda assim, a busca tradicional segue na liderança quando o tema exige confiança. Em assuntos sensíveis — como saúde, finanças pessoais, questões legais, segurança ou carreira —, 62% dos entrevistados ainda recorrem ao Google e a outros mecanismos de busca em vez de usar IA ou redes sociais.
O mesmo comportamento se repete nas decisões cotidianas, que envolvem buscas práticas e rápidas, como endereços, horários de funcionamento, receitas e instruções do dia a dia. Nesse caso, 60% das pessoas também preferem os buscadores tradicionais pela familiaridade e pela percepção de maior precisão nas respostas.
A pesquisa também destacou o papel das redes sociais na jornada de descoberta. Plataformas como TikTok, Instagram e YouTube não servem apenas para entretenimento. Elas se tornaram fontes confiáveis para informações sobre produtos e serviços.
Eu não me lembro a última vez em que comprei algo online, sem antes ter checado se a empresa tinha um perfil bacana e atualizado no Instagram. Também costumo procurar no TikTok qual a experiência de outras pessoas com o produto/serviço.
Mais da metade dos entrevistados (52%) afirmaram usar redes sociais para procurar avaliações de produtos, enquanto 48% buscam recomendações locais e 47% procuram conteúdos de instrução ou tutoriais.
Esse comportamento mostra que os consumidores dependem cada vez mais da prova social, validando suas escolhas com opiniões de outros clientes e influenciadores.
O uso de ferramentas de inteligência artificial na busca de informações está em forte ascensão. 73% dos entrevistados afirmaram ter passado a usar IA no último ano, e 45% já utilizam essas ferramentas diariamente.
A IA é especialmente valorizada na fase de exploração e aprendizado. 54% dos consumidores recorrem à essas plataformas para pesquisa e informações gerais, 48% para geração de ideias criativas e 43% para análise e planejamento.
No entanto, quando a decisão envolve a compra efetiva, os consumidores ainda priorizam fatores tradicionais, como preço, especificações e avaliações de outras pessoas.
Outro ponto importante do estudo conduzido pela Yext foi a identificação de seis personas que representam os diferentes tipos de pessoas que navegam e tomam decisões hoje na internet:
E aí, com qual persona você se identifica?
Depois de analisar todos esses dados, fica bem claro que a busca não é mais uma jornada única, e sim algo bem mais complexo que passa por diversas plataformas e formatos.
Em vez de otimizarem apenas palavras-chave, as marcas precisam otimizar para tópicos. Ou seja, garantir que seu site esteja estruturado e preparado para ser compreendido e exibido corretamente por máquinas, assistentes de IA e mecanismos de busca.
O que você achou deste conteúdo? Conta pra gente! Lembre-se de ouvir nosso podcast, se inscrever na newsletter e no nosso canal no Youtube.
Comentários