O Google anunciou duas grandes mudanças para o Modo IA: capacidades de agente de IA, para executar pesquisas complexas pelas pessoas, e personalização de resultados. Por enquanto, são apenas experimentos disponíveis nos EUA.
Os testes começaram pelos segmentos de gastronomia. Por isso, se você lida com restaurantes e negócios locais, vale ficar de olho. Se as novidades forem bem aceitas, devem ser expandidas nos próximos meses, inclusive para outros países.
Veja mais sobre as novidades e como elas mudam o cenário do SEO.
Modo IA facilita reservas em restaurantes
O Modo IA agora pode fazer pesquisas para os visitantes, quando eles buscam por restaurantes.
Em vez de comparar manualmente todos os sites e clicar neles para ver as opções de reserva, é a IA que faz isso.
O visitante apenas pesquisa algo como “quais restaurantes veganos com Curitiba aceitam reservas para sexta-feira, dia 23, às 19h?”. O Modo IA acessará diversas páginas de restaurantes e criará uma resposta com links para a página de reserva de todas as opções pesquisadas.
Como funciona: o recurso funciona com base na integração com parceiros (OpenTable, Resy, Tock, Ticketmaster, entre outros), grafo de conhecimento do Google, Google Maps e o Project Mariner, braço de agentes de IA da Alphabet.
Qual o impacto para SEO: antes, pesquisas desse tipo resultavam em vários cliques a diferentes portais. Agora, o Google faz o trabalho de acessar e comparar todos. Ao entregar o resumo, ele incentiva o clique apenas na opção “vencedora”, no momento de fazer a reserva.
Para ser considerado na escolha, você também precisará de uma marca forte, com boas avaliações, e de um site facilmente rastreável, com informações claras de contato e reservas.
Como ativar: a experiência está sendo implementada primeiramente para assinantes do Google AI Ultra nos Estados Unidos.
Recomendações personalizadas
Outra novidade, também para restaurantes, é a recomendação de restaurantes com base nas suas conversas anteriores com o Modo IA.
Imagine duas pessoas pesquisando “restaurantes perto de mim”. Uma delas adora carne, a outra é vegana.
Para a mesma pesquisa, uma receberá sugestões de churrascarias, a outra de restaurantes vegetarianos.
Segundo o Google, será possível ajustar o nível de personalização.
Por enquanto, vale só para restaurantes, mas o Google já tem outras ações de personalização para o Modo IA, busca tradicional e Google Shopping.
Por enquanto, vale só para restaurantes, mas no futuro deve englobar outras sugestões também, como roupas, resultados sobre futebol, entre outras.
Como funciona: além dos critérios de classificação convencionais, o Google usará recursos de memória do Gemini para fazer recomendações com base no seu perfil.
Qual o impacto para SEO: a busca está mais dinâmica. No Google tradicional, a primeira página é sempre igual. Agora, a mesma pesquisa pode resultar em pesquisas diferentes. Provavelmente, um número maior de sites receberá tráfego e quem clicar terá maior probabilidade de converter.
Como ativar: já está disponível para quem se inscreveu nos experimentos do Modo IA no Google Labs, nos EUA.
Compartilhar pesquisas
Por fim, o Google também disponibilizou um recurso para compartilhar conversas com o Modo IA.
É igual a compartilhar um conteúdo de rede social. Você seleciona o botão de “compartilhar” e abre na tela uma lista de opções.
Expansão global do Modo IA
O Google também anunciou que está expandindo o Modo IA para outros países, incluindo o Brasil. O Modo IA estará disponível em inglês para 180 novos países.
Segundo o comunicado oficial, a proposta é “expandir o acesso para mais linguagens e regiões em breve”. Supostamente, o Modo IA em português brasileiro será lançado em algumas semanas.
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Os novos recursos do Modo IA ainda não estão disponíveis no Brasil, mas vale a pena ficar de olho neles para saber quais caminhos o Google quer seguir daqui pra frente.
Elyson Gums é redator na SEO Happy Hour. Trabalha com redação e produção de conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014, em segmentos B2C e B2B. É bacharel em Jornalismo (Univali/SC) e mestre em Comunicação Social (UFPR).
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