Karine Sales
Jornalista com especialização em Cinema, possui mais de 8 anos de experiência dedicados à criação de conteúdo estratégico para diversas plataformas.
Karine Sales
Atualizado em 08/07/2025
5 min de leitura
A análise dos padrões de uso do Modo IA do Google traz à tona uma série de dados importantes. Poucas pessoas usam o recurso por enquanto, e das que usam, apenas uma minoria clica nos sites que o Google usa para gerar as respostas.
Em parceria com a SimilarWeb (uma das poucas empresas capazes de capturar dados detalhados sobre o uso do Modo IA do Google), o iPullRank fez uma análise do uso do Modo IA, nova forma de pesquisa do Google, disponível nos EUA.
Para esse estudo inicial, a SimilarWeb forneceu dados diários relativos a mais de 100 mil usuários do Modo IA, cobrindo o período de 20/05/2025 (data de lançamento público do Modo IA) a 19/06/2025.
Essas informações permitiram à equipe observar padrões de comportamento e tendências iniciais do Modo IA.
Acompanhe os resultados do estudo a seguir:
O Modo IA ainda não é o padrão de busca do Google, e isso faz toda a diferença na hora de ver quem usa o recurso.
Para acessá-lo, é necessário tomar ações, como clicar em ícones específicos, selecionar a aba do Modo IA após uma busca tradicional ou seguir links em AI Overviews. Esse processo cria uma barreira natural, limitando o acesso principalmente a:
Segundo levantamento da SimilarWeb, menos de 2% das buscas realizadas no Google utilizam o Modo IA, o que reforça o caráter de adoção inicial e experimental desse recurso.
Vale dizer que o Google sabe dessas barreiras de acesso e já está estudando formas de deixar o acesso mais intuitivo. Por exemplo, no Chrome, se você digitar na barra de tarefas “@gemini”, é possível escrever um prompt que te leva direto para a tela do Gemini (nos EUA estão testando a mesma função para o Modo IA).
Um dos dados mais importantes revelados pelo estudo é o abismo entre a taxa de cliques gerados pelo Modo IA em comparação com a busca tradicional do Google:
O gráfico comparativo ilustra não só essa diferença, mas também a estabilidade da busca tradicional frente à volatilidade do Modo IA, que apresenta oscilações diárias entre 5,4% e 3,8% de cliques. Essa variabilidade é típica de um recurso novo, ainda em fase inicial.
Não existe um motivo único para esse comportamento. Segundo a pesquisa, existem as seguintes razões:
É importante reforçar que os dados sobre o Modo IA, assim como os de AI Overviews, são altamente voláteis. O comportamento das pessoas pode variar drasticamente conforme o contexto, a familiaridade com a ferramenta e o tipo de consulta realizada.
Por isso, qualquer análise deve ser vista como um indicativo de tendência, não como uma verdade absoluta ou definitiva.
À medida que o Modo IA evolui e (possivelmente) se torna o padrão de busca do Google, é provável que a gente perceba mudanças significativas nos padrões de uso e nas taxas de clique. Inclusive, já falamos sobre isso no nosso canal:
O cenário ainda é incerto, e os dados atuais refletem um momento inicial, marcado por experimentação e adaptação.
Acompanhar essas tendências e entender a dinâmica dos novos formatos de busca é essencial para antecipar movimentos do mercado e ajustar estratégias de aquisição de tráfego e relevância digital. Aqui no site já falamos sobre as principais técnicas para aparecer em resultados gerados por IA.
O Modo IA do Google representa uma mudança significativa na forma como as pessoas interagem com mecanismos de busca. A baixa taxa de cliques, a volatilidade dos dados e o perfil dos primeiros usuários reforçam a necessidade de análises criteriosas e flexíveis.Vamos continuar acompanhando os desdobramentos do Modo IA e publicar aqui no site da SEO Happy Hour! Para não perder, siga-nos no LinkedIn, no YouTube e publicamos uma newsletter semanalmente.
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