Karine Sales
Jornalista e criadora de conteúdo digital, atua há mais de 8 anos desenvolvendo estratégias e textos otimizados para blogs, sites e redes sociais.
Karine Sales

Atualizado em 31/10/2025
6 min de leitura
O terceiro trimestre de 2025 consolidou a estratégia de IA da Alphabet (empresa que controla o Google) como o principal motor de seu crescimento histórico.
Desta vez, a empresa não apenas superou expectativas, mas atingiu um marco simbólico: seu primeiro trimestre com receita de US$ 100 bilhões, o dobro do valor registrado há cinco anos.
O discurso de Sundar Pichai, CEO da companhia, reforçou que a IA generativa deixou de ser uma promessa e agora é uma base tangível para resultados em todas as frentes de negócio, da Pesquisa à Nuvem. Além disso, a empresa disse que a IA está fazendo as pessoas usarem mais o Google.

A inteligência artificial tem impulsionado o engajamento e o volume de consultas na busca orgânica, sobretudo entre os mais jovens.
O Modo IA, agora disponível em 40 idiomas, já soma 75 milhões de usuários ativos diários e dobrou o volume de buscas durante o trimestre. O produto recebeu diversas melhorias recentes e se tornou um dos principais motores de crescimento da plataforma, mas vale dizer que ainda é muito pequeno comparado à pesquisa tradicional.
As AI Overviews também continuam a desempenhar papel essencial, e segundo a big tech, estão direcionando bilhões de cliques para sites todos os dias e fortalecendo o ecossistema da web. Mas disso ainda não temos certeza, já que ainda não temos dados de clique exclusivos da AI Overview e Modo IA no GSC.

A IA foi o principal motor de crescimento no período, consolidando a Alphabet no setor.
O Gemini continua em rápida expansão. Atualmente, seus modelos processam cerca de 7 bilhões de tokens por minuto via API, e o aplicativo já conta com mais de 650 milhões de usuários ativos mensais. Esse crescimento representa o triplo do trimestre anterior.
Como o Google está implementando IA em praticamente todos os produtos do seu portfólio, já era bem claro que eles teriam um crescimento neste quesito.
O Google também anunciou que a Anthropic (empresa que faz o Claude) utilizará até 1 milhão de TPUs da empresa, reforçando a confiança do mercado em suas soluções de hardware para IA.
O Chrome está sendo transformado em um navegador totalmente impulsionado por inteligência artificial, com integração direta ao Gemini. Essa é uma clara resposta aos recentemente lançados navegadores de IA da OpenAI, o Atlas, e da Perplexity, o Comet.
Outro marco relacionado aos produtos do Google foi o lançamento do Android XR, novo sistema operacional voltado à realidade estendida (abrange realidades aumentada e virtual), criado em parceria com a Samsung, que inaugura uma nova geração de experiências imersivas.
O YouTube manteve sua posição de líder absoluto em tempo de visualização em streaming nos Estados Unidos, de acordo com dados da Nielsen, liderança essa que a empresa já tem há mais de dois anos consecutivos.
Um dos grandes marcos do trimestre foi a transmissão ao vivo de um jogo da NFL diretamente do Brasil, que atingiu 19 milhões de espectadores simultâneos e estabeleceu um novo recorde para a plataforma.
O YouTube Shorts também se destacou, passando a gerar mais receita por hora de visualização do que os anúncios tradicionais.
Além disso, o YouTube apresentou novas ferramentas de IA para criadores de conteúdo, que agora contam com recursos de geração e edição de vídeos, além de insights inteligentes para otimizar desempenho e monetização de canais.
Em pesquisa e inovação, o Google apresentou avanços significativos. Modelos como o Gemini 2.5 Pro, Veo 3, Genie 3 e o popular Nano Banana consolidaram-se entre os melhores da categoria, enquanto mais de 13 milhões de desenvolvedores já utilizam modelos generativos da companhia.
Outro marco importante veio da computação quântica: o chip Willow executou um algoritmo 13 mil vezes mais rápido que um dos supercomputadores mais potentes do mundo – um feito comprovado e validado cientificamente.
Além disso, o cientista Michel Devoret, chefe de hardware quântico do Google, recebeu o Prêmio Nobel de Física, o terceiro colaborador da empresa a conquistar um Nobel em apenas dois anos.
O avanço acelerado da inteligência artificial no ecossistema do Google redefine o modo como as pessoas buscam, consomem e interagem com informações.
Com a integração do Gemini à busca, ao Chrome e ao YouTube, a tendência é que a jornada do cliente se torne cada vez mais mediada por sistemas de IA capazes de interpretar intenções, gerar respostas e personalizar experiências.
Para profissionais de SEO e Marketing, isso significa ir além da otimização tradicional por palavras-chave: é essencial entender como a IA sintetiza e prioriza conteúdo. Invista em autoridade de marca, dados estruturados, redação clara e navegação precisa para que suas páginas apareçam nestas novas interfaces conversacionais.
A era da IA generativa traz também novas oportunidades. À medida que o Google cria experiências de busca mais interativas e personalizadas, marcas que produzirem conteúdo útil, multimodal e pertinente ao contexto terão vantagem.
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