Elyson Gums
Jornalista e mestre em Comunicação Social. Produzo conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014.
Elyson Gums
Atualizado em 08/05/2025
14 min de leitura
Redirects, ou redirecionamentos, são um recurso para enviar pessoas a uma nova URL depois que você move um conteúdo.
É igual quando você vai a uma padaria e tem aquele adesivo colado no vidro: “agora estamos no endereço tal”.
Para SEO, há vários tipos de redirecionamentos disponíveis. Usá-los corretamente melhora a experiência dos visitantes, permite que mecanismos de busca leiam seu site corretamente e transmite autoridade entre as páginas.
Explicando em termos técnicos: um redirect é um código que informa aos navegadores e mecanismos de busca que uma página foi movida para um novo endereço.
Quando um visitante ou rastreador tenta acessar a página, o servidor detecta esse comportamento e, em vez de mostrar uma mensagem de erro, como “conteúdo não encontrado”, encaminha a solicitação para a nova URL.
Resumindo, quem tenta acessar o link “velho” é automaticamente direcionado para o link “novo”.
Conteúdos mudam de lugar dentro de um site por várias razões, que variam desde edições simples de conteúdo ou alterações na estrutura de URLs, até migrações e redesigns de site.
Entre os principais casos:
Redirecionamentos fazem com que o seu conteúdo seja sempre encontrado, mesmo quando ele muda de lugar. Da mesma forma, impede que versões antigas de URLs recebam atenção dos visitantes e dos mecanismos de busca.
As principais funções dos redirecionamentos são:
Redirecionamentos impedem que visitantes caiam em páginas quebradas, mostrando status 404 ou com conteúdo atualizado.
Imagine este cenário: você tem um “guia de SEO para 2024” salvo nos seus favoritos. Vários conceitos permanecem válidos ano após ano, então você tenta acessar o link em 2025 para tirar uma dúvida pontual. No entanto, recebe um aviso de “página não encontrada”.
Você precisará voltar ao Google para encontrar o que precisa – e o dono do guia possivelmente perderá tráfego nesse processo. E todas as vezes que aquele post foi compartilhado em redes sociais? Todos os visitantes que tentarem acessar por lá verão erro 404 também.
Um redirecionamento soluciona todos esses problemas sem estresse. Os visitantes são simplesmente direcionados ao “guia de SEO para 2025”, o que contribui para uma boa experiência de página no seu site.
Sem redirecionamentos, a nova URL precisará “começar do zero” o processo de ranqueamento.
Imagine que o “guia de SEO para 2024” estava na primeira posição do Google. Usando redirecionamentos, o “guia de SEO para 2025” pode aproveitar essa relevância na nova URL. Assim, há menos perdas de posição e tráfego orgânico.
Ao adicionar um redirecionamento, toda a autoridade adquirida pela página original passa para a nova. Por exemplo, os backlinks conquistados pelo conteúdo antigo não “se perdem”, o que preserva o desempenho do SEO daquele conteúdo.
Quando uma URL recebe redirecionamentos, isso comunica ao Google que ela é preferencial dentro da estrutura do site.
Os redirecionamentos podem ser permanentes ou temporários.
Redirecionamentos permanentes indicam que a versão antiga da página não será mais exibida. São os casos de produtos que não serão mais vendidos, páginas duplicadas que foram consolidadas, conteúdos deletados do site, entre outras. Mecanismos de busca irão remover a URL antiga do índice e manter apenas a nova.
Já os redirecionamentos temporários indicam que a página antiga pode ser exibida no futuro. São os casos de produtos que saíram de estoque ou ofertas exclusivas. Ambas as versões de URL são mantidas no índice do buscador, pois há a expectativa de que a URL ficará ativa em breve.
Para os visitantes, não há diferença nenhuma. Mas, selecionar o tipo certo de redirect faz toda diferença para SEO, pois os mecanismos de busca tratam os dois tipos de forma diferente.
Existem diversas formas de fazer redirecionamentos temporários e permanentes, como códigos HTTP, redirecionamento JavaScript e redirecionamento meta refresh. Conheça mais sobre eles abaixo.
São redirecionamentos que usam códigos de resposta 3xx para instruir o navegador a abrir uma URL diferente.
Eles funcionam do lado do servidor, da seguinte maneira:
Para os visitantes, o processo é automático, pois ocorre antes mesmo do site carregar.
Recomendamos usar esse tipo de redirecionamento sempre que possível. É simples de implementar e os mecanismos de busca conseguem entender com facilidade.
Veja abaixo os principais tipos de redirecionamento HTTP:
Indica que o conteúdo foi movido permanentemente de URL. Ou seja, é um sinal de que a página antiga não tem mais relevância, e que toda a autoridade daquele link deve ser transmitida para o novo.
É usado para páginas com temas semelhantes e apenas quando você tiver certeza que a URL antiga não tem mais utilidade.
É o contrário do redirect 301 e indica que o conteúdo foi movido temporariamente. Assim, os mecanismos de busca não transmitem a autoridade da página antiga para a nova, visto que em breve ela não será mais usada.
Deve ser usado em casos específicos, como campanhas sazonais, em páginas que foram temporariamente removidas para manutenção, ou em testes AB.
Na maioria dos casos, você usará 301 ou 302. Fora eles, há outros códigos 3xx mais específicos, atualmente usados bem raramente. Veja alguns:
É uma instrução no cabeçalho HTML de uma página, indicando que ela deve ser redirecionada. Diferentemente do código HTTP, o redirecionamento ocorre do lado do cliente. Ou seja, é o próprio navegador que interpreta a instrução e redireciona a página.
O redirecionamento com a tag meta refresh pode ocorrer:
Não recomendamos fazer esse tipo de redirecionamento. Ele é mais lento, proporciona pior experiência de página e dificulta a compreensão dos buscadores. Segundo o Google, deve ser feito apenas se não for possível usar o redirect do lado do servidor.
É outro tipo de redirect do lado do cliente, aplicado diretamente no código da página. E, assim como o meta refresh, não é recomendado.
Redirecionamentos com JavaScript podem causar vários tipos de erro, pois buscadores podem não conseguir renderizar o código e continuar indexando a página antiga. E, se ela já estiver ranqueando, a versão nova não aparecerá, o que impacta diretamente o seu tráfego e conversões.
O Google recomenda usar apenas em último caso.
São chamados pelo Google de “pseudo redirecionamentos”. Ao invés de levar o visitante automaticamente até uma página nova, é apenas um aviso de que o conteúdo foi motivo. A URL antiga permanece ativa, mas tem um bloco de HTML explicando a mudança.
Por exemplo:
<a href=”https://newsite.example.com/newpage.html”>Mudamos de endereço. Encontre o conteúdo no nosso novo site.</a>
Na prática, você está avisando apenas aos visitantes humanos que o conteúdo mudou de lugar. O Google pode perceber a mudança, mas nem todo mecanismo de busca entende. Logo, a recomendação é nunca usar, a menos que não tenha literalmente nenhuma outra opção.
Há várias formas de fazer redirecionamentos: configurando códigos de resposta HTTP, com códigos HTML e JavaScript, ou fazendo manualmente. Na prática, o jeito mais simples de fazer é com ferramentas automatizadas.
Por exemplo:
Para redirecionamentos do lado do cliente, você pode fazer acessando e editando diretamente os arquivos das páginas. Não recomendamos a abordagem, a menos que você tenha experiência (e precise direcionar um volume mínimo de páginas).
Ao gerenciar os redirecionamentos, procure sempre seguir estas boas práticas para não prejudicar o SEO do seu site.
O relatório de indexação de páginas do GSC traz itens relacionados aos redirects. São dois status específicos, que podem te ajudar a identificar problemas e ver o que deu certo:
Acontece quando você tenta redirecionar muitas páginas de uma vez.
Por exemplo:
E assim vai.
Isso é ruim para processamento por parte dos crawlers dos buscadores, pois seguir a cadeia de links consome mais recursos de computação.
Em vez disso, simplesmente faça um redirect da página A para a página D, outro da página B para a D, e assim por diante.
É parecido com as cadeias, mas são ciclos fechados, em que as páginas redirecionam entre si.
Por exemplo:
Isso torna a página final inacessível. Geralmente o problema é causado por erros na implementação dos redirects.
As duas URLs que fazem parte do redirecionamento devem ter relação lógica. Assim, você não “engana” o visitante e nem os mecanismos de busca.
Por exemplo, se o visitante clica na URL original para ver panelas, não pode ser redirecionado para uma página que vende microondas. E, se fez uma busca informativa, provavelmente não quer ver páginas de produto.
Se não houver nenhuma página relevante, configure um código de status 404. Ele indica que o conteúdo está indisponível e não há outra versão no site.
Se você tentar “fazer uma gambiarra” e tentar redirecionar essas URLs para a sua home, ou para outro link genérico, acontecerá o erro soft 404, que pode impactar negativamente o seu SEO.
Quando você fizer redirecionamentos permanentes, mantenha-os ativos por algum tempo antes de deletar a página original.
Doze meses é uma “regra geral” do tempo que o Google leva para entender a mudança e consolidar a transmissão de autoridade da URL original para a nova.
Acompanhe os seus relatórios de tráfego, cliques e conversões para entender se a nova página está performando como esperado. Após esse prazo, do ponto de vista de SEO, é seguro excluirdefinitivamente a URL antiga.
Depois de fazer um redirect permanente, faça uma análise no seu site e veja se ainda há links internos apontando para a URL original. Se houver, mude para linkar para a versão nova.
Os links para a página antiga são desnecessários, pois ela não será vista de toda forma. Além disso, ajuda a consolidar os sinais de ranqueamento para a versão nova.
Para redirects temporários, avalie caso a caso. Se o conteúdo for movido por pouco tempo, mantenha os links. Mas se for por um tempo considerável, como meses ou ano, edite os links internos.
É normal ter páginas 404 quando o conteúdo não existe de fato. Mas, em alguns casos, você pode usá-las como oportunidade para fazer redirecionamentos relevantes.
Imagine este cenário:
Neste caso, consulte a sua lista de páginas 404 e faça o redirecionamento para retomar a relevância e os backlinks conquistados na versão de 2022.
Em muitos casos, você pode usar os redirecionamentos 301 para indicar ao Google qual é a versão principal do seu site. Por exemplo:
Parecem mudanças pequenas, mas elas podem impactar a forma como o Google enxerga (e indexa) as suas páginas.
Há diferentes formas de fazer, dependendo do volume de páginas que você quer testar.
O jeito mais rápido de saber se o redirecionamento deu certo é simplesmente digitando a URL original no navegador. Aí, basta ver se você será levado até a URL correta. Para ter mais detalhes, como saber se um redirect é 301 ou 302, há ferramentas como o Redirect Checker.
Para redirects em massa, como aqueles feitos em migrações de sites, você pode usar ferramentas como o Screaming Frog e o Jet Octopus.
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Esperamos que tenha gostado do guia!
Lidar com redirecionamentos é simples, mas a situação pode sair do controle rapidamente, principalmente em sites grandes.
Se você precisa de ajuda para executar os seus redirects, entre em contato conosco! Somos uma consultoria especializada em SEO e podemos te apoiar com esse e todos os demais aspectos de otimização para mecanismos de busca.
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