Karine Sales
Jornalista e criadora de conteúdo digital, atua há mais de 8 anos desenvolvendo estratégias e textos otimizados para blogs, sites e redes sociais.
Karine Sales

Atualizado em 13/11/2025
3 min de leitura
Conteúdos noticiosos falsos e manipulativos, criados por inteligência artificial, têm aparecido com certa frequência no feed do Google Discover. O problema está acontecendo de forma global, mas com destaque para Reino Unido e EUA.
A investigação feita pelo jornal Press Gazette trouxe capturas de tela que exemplificam o tipo de conteúdo falso que está sendo propagado no Discover:

O Google reconheceu que houve um aumento desse tipo de conteúdo e disse estar trabalhando para combater o problema.
A reportagem da Press Gazette mostra que o feed foi inundado por manchetes “deliberadamente alarmantes”, todas geradas por IA.
Um exemplo é o artigo falso “Licença de TV grátis para maiores de 60 anos no Reino Unido”, visualizado por quase 3 milhões de pessoas.

Os spammers usam domínios expirados, títulos sensacionalistas e temas otimizados para o Discover. Além disso, para enganar o Google e fingir que o artigo é popular, eles compram cliques falsos e publicam as matérias em grupos no Facebook. Pelo teor alarmista, acabam ganhando cliques e enganando pessoas.
Apesar do Google ter comentado especificamente os casos acontecendo nos EUA e Reino Unido, conteúdo de baixa qualidade no Discover é uma realidade em vários lugares, inclusive no Brasil.
Nem sempre é o caso de notícias deliberadamente falsas, mas é comum ver sites de baixa qualidade com títulos clickbait e conteúdo inútil, que acabam ranqueando mesmo sendo ruins.
Em nota, o Google declarou:
“Mantemos a grande maioria do spam fora do Discover por meio de sistemas robustos de combate ao spam e políticas claras contra novas e emergentes formas de conteúdo manipulado e de baixa qualidade. Estamos trabalhando ativamente em uma solução que abordará melhor o tipo específico de spam referido aqui”.
Apesar das medidas, o problema mostra que há falhas nas diretrizes do Discover, que ainda não mencionam explicitamente conteúdo gerado por IA. O próprio Google está exibindo resumos criados por IA no feed da plataforma.
Além disso, as atualizações recentes que priorizam criadores e posts de redes sociais ampliaram o espectro de fontes e, com isso, o potencial de manipulação.
O Discover é hoje a principal fonte de tráfego para muitos publishers. Por isso, a manipulação por IA não afeta só a qualidade das notícias, também distorce os resultados de tráfego e engajamento, prejudicando veículos legítimos.
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