Elyson Gums
Atualizado em 14/08/2025
7 min de leitura
O Google muda mais rápido do que você consegue acompanhar? Não se preocupe, isso é comum pra muita gente.
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Para muitas pessoas, o ChatGPT é um substituto (e uma expansão) dos mecanismos de busca tradicionais. A experiência é mais rápida, fácil e sem interrupções. Além disso, permite resolver problemas de forma direta, em vez de apenas pesquisar informação.
Os dados são de uma pesquisa da Adobe, divulgada em agosto de 2025, sobre como as pessoas pesquisam informação no ChatGPT nos EUA.
Esse cenário influencia diretamente o trabalho de SEO, pois a IA mudou completamente os hábitos de busca. A descoberta de produtos, confiança nas LLMs e a interação com marcas estão em constante transformação, o que exigem adaptação na hora de otimizar sites.
Veja abaixo as principais descobertas do estudo, com alguns pitacos e análises da equipe da SEO Happy Hour.
A equipe de pesquisa da Adobe buscou dados sobre perfis de usuários do ChatGPT, padrões de comportamento dentro da ferramenta e uso dentro de equipes de marketing.
Os principais achados foram:
O estudo demonstra principalmente que as buscas com IA estão crescendo, mas ainda estão atrás do Google.
A maioria da pessoas ainda confia mais em outros buscadores e menos da metade dos usuários descobriu novos produtos e marcas com o chatbot.
Ou seja: não podemos fechar os olhos diante da tendência, mas aquela ideia de “troquei o Google pelo ChatGPT” é distante da maioria das pessoas, pelo menos por enquanto.
Uma das principais transformações é a mudança de palavras-chave para as conversas na hora de buscar informações.
A maioria das pesquisas no Google são curtas, com poucas palavras. Já nas IAs, as pessoas digitam mais, pois explicam os detalhes de suas perguntas e enviam diversos prompts para interagir com as respostas.
Outra pesquisa, com dados da Similarweb, revelou que a média é de 70 palavras em pesquisas no ChatGPT, contra 10 no Modo IA do Google e apenas 3 na busca tradicional.
As pessoas usam o ChatGPT para:
Muitas dessas atividades também são realizadas em mecanismos de busca tradicionais.
No entanto, algumas são exclusivas das LLMs, como a realização de tarefas e os pedidos de conselhos. Em mecanismos de busca tradicional, é impossível concluí-las da mesma forma. De certa forma, elas representam novas intenções de busca para as quais profissionais de SEO precisam se atentar.
O detalhe é que nem todas gera tráfego para portais. Por exemplo, em prompts sobre receitas e conselhos amorosos, na maioria dos casos a resposta é gerada apenas com os dados internos da LLM, sem consultas externas.
Pessoas de todas as faixas etárias já usam o ChatGPT. Mais especificamente:
A mudança nos hábitos de busca está sendo capitaneada pelos mais jovens. 28% da Geração Z começa suas buscas no ChatGPT. Eles também são o grupo que mais descobre produtos e marcas por meio da LLM.
As buscas com IA estão crescendo pois oferecem diversas vantagens que o Google não tem. Resumindo bastante, é mais fácil e rápido encontrar o que você quer no ChatGPT.
As razões levantadas na pesquisa:
Pessoalmente, eu concordo com muitas dessas afirmações. E acho que muitas vezes a busca tradicional parece tão quadrada por culpa do excesso de otimização.
Textos desnecessariamente longos, repletos de informações básicas e muitas vezes genéricas, publicados em sites cheios de anúncios e pop-ups… Muitos sites que ranqueiam bem simplesmente entregam uma experiência horrível.
Ao que tudo indica, o Google está se atentando a esse comportamento. As AI Overviews são a sua forma de resumir informações, enquanto o Modo IA proporciona a experiência de conversa. Além disso, há uma série de atualizações em curso para personalizar os resultados da pesquisa tradicional.
Tudo isso muda algumas prioridades em SEO. Antes, alcançar a posição 1 (ou “zero”) era uma métrica quase definitiva de sucesso. Hoje, nem tanto – e, quanto mais personalizado fica o Google, mais diluído fica esse valor.
O mesmo vale para o tráfego, que deixa de ser o objetivo principal agora que as pessoas podem obter informações sem cliques.
Entre profissionais de marketing e donos de empresas, o principal uso profissional do ChatGPT é para tarefas de redação, em tarefas como:
No lançamento do GPT-5, a OpenAI já havia destacado a escrita como um dos principais usos do ChatGPT.
Aqui, é sempre importante lembrar: o ChatGPT é parceiro, mas não substituto. Publicar conteúdo sem intervenção humana costuma dar muito problema. Não recomendamos e nem fazemos com os nossos clientes aqui na SHH.
76% dos profissionais de marketing vai investir mais em gerar tráfego e leads com as LLMs até o fim do ano.
Até aqui, as principais estratégias adotadas estão dentro do guarda-chuva de SEO. São elas:
O objetivo é sair dos conteúdos básicos. Eles têm informações facilmente resumidas pela IA, então não geram cliques. Quanto mais específico, detalhado e original o conteúdo, maiores são as chances de aparecer.
Segundo os entrevistados, os formatos que estão funcionando melhor até aqui são:
Segundo Sam Altman, CEO da OpenAI, o ChatGPT se encaminha para ser muito mais do que um mecanismo de busca.
Ainda assim, por enquanto as pessoas enxergam a plataforma como um complemento do Google. Quanto mais as pessoas confiam na ferramenta, mais importante é aparecer como citação nas respostas.
Segundo a Adobe, possivelmente em breve “estar presente na IA será tão importante quanto estar presente no Google”.
A Adobe entrevistou 800 consumidores e 200 profissionais de marketing e donos de empresas. Eles incluíram dados de todas as respostas que citavam uso do ChatGPT como um mecanismo de busca.
22% dos consumidores eram da Geração Z, 49% eram millenials, 22% eram da geração X e 8% eram baby boomers.
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Espero que tenha gostado das análises!
Se você precisa de apoio para preparar a sua estratégia de marketing para este momento de transformação nas buscas, entre em contato com a SEO Happy Hour.
Elyson Gums é redator na SEO Happy Hour. Trabalha com redação e produção de conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014, em segmentos B2C e B2B. É bacharel em Jornalismo (Univali/SC) e mestre em Comunicação Social (UFPR).
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