Com a IA generativa, ficou mais fácil criar conteúdo, mas cada vez menos pessoas clicam. Criar conteúdo exclusivo, que a IA não pode replicar, é uma das estratégias das grandes marcas para lidar com esse cenário.
A lógica é bem simples de entender: se um site só replica o que está na IA, tende a gerar menos cliques, pois o resumo que aparece na AI Overviews ou a resposta do ChatGPT já satisfaz a busca.
É por isso que portais como Nerdwallet, Daily Mail, The Verge, Hubspot, Ahrefs, entre tantas outras investem em conteúdo realmente original.
Neste post, você verá como fazer, com base nas estratégias que estamos adotando aqui na SEO Happy Hour e na análise de conteúdos destes portais.
Você precisa mesmo se diferenciar do conteúdo gerado por IA?
Olha, eu imagino que se você clicou nesse texto, já sabe a resposta…
Mas essa pergunta tem muitas nuances, então vale a pena explicar.
Conteúdos originais são importantes para prender a atenção, criar confiança e construir autoridade. Quanto mais genérico, mais difícil é fazer tudo isso.
Muitas pesquisas mostram que existe grande resistência à IA. Aqui tem quatro, só para ilustrar o ponto, publicadas entre 2024 e 2025:
Em segmentos considerados sensíveis, como saúde, direito e finanças pessoais, a diferenciação é ainda mais importante. As pessoas tendem a confiar ainda menos nas respostas sobre esses tópicos, pois informações erradas podem causar prejuízos sérios.
Pra mim, o ponto principal é o seguinte: você quer que as pessoas lembrem desse conteúdo depois que terminarem de consumir?
Se a resposta for sim, então precisa investir em diferenciação.
Se por alguma razão a resposta for não (raramente é), aí cria tudo com IA mesmo que vai economizar tempo.
Um ótimo exemplo pra pensar nisso são aqueles vídeos narrados por IA do Tiktok. Eles viralizam, talvez você até pare pra assistir um pouquinho, mas é só isso. Depois que rola o feed, deixa de pensar neles. E provavelmente nunca mais vai achar o perfil que postou.
Ou seja: a IA faz parte do processo criativo, mas o resultado final é bom por causa do ser humano que está pensando o conteúdo.
A IA tem muitas aplicações para criação, principalmente em etapas de planejamento. O problema é empurrar textos e vídeos genéricos no feed da audiência.
As características do conteúdo gerado por IA
O conteúdo gerado por IA é raso. As características exatas dependem do formato do conteúdo, mas este é um ponto comum a todos, que pode ser mitigado por prompts complexos e por um trabalho atento de revisão.
Em textos, as principais características de IA são:
Tom de voz excessivamente neutro ou explicativo;
Uso excessivo de palavras com tom promocional;
Adjetivação excessiva;
Repetição de ideias;
Textos que encerram com resumos do que já foi dito;
Excesso de conjunções correlativas (frases como “não é sobre isso, é sobre aquilo” ou “é mais do que X, é Y”);
Presença de análises superficiais;
Ausência de dados novos ou pontos de vista;
Uso excessivo de travessões (—);
Uso excessivo de emojis, frequentemente no início de listas;
Erros factuais;
Frases clichês (“Em um ecossistema digital em constante transformação…”
Ausência de opiniões diretas e bem definidas;
Letras Maiúsculas Na Primeira Palavra Dos Títulos.
A presença desses elementos não indica uso de IA. Mas se tiver tudo isso junto, aí provavelmente tem caroço nesse angu, como diziam os antigos.
Em vídeos, características a se observar são:
Iluminação do vídeo (se for escuro, é mais fácil esconder os erros);
Física irrealista;
Duração do vídeo (vídeos gerados por IA são clipes curtos);
Sons que não combinam com o ambiente;
Sons muito limpos, mesmo em situações teoricamente caóticas;
Texto borrado ou sem sentido nas imagens;
Movimentos impossíveis.
Nas imagens, as características de conteúdo gerado por IA são:
Filtro amarelo;
Membros extras;
Mãos muito esquisitas;
Olhos distorcidos;
Iluminação muito saturada;
Estilos específicos de desenho.
Agora que você já sabe as características, vamos ver como evitar aquela cara de “foi feito por IA” nos seus conteúdos. 👀
Como criar conteúdo que a IA não consegue replicar
Para ter conteúdos realmente originais, você deve se aprofundar e entregar informações novas, que a IA não possui. Lembre-se de que a IA não cria nada do zero, ela apenas exibe sequências de texto com base no conteúdo dos seus dados de treinamento.
Portanto, se diferenciar é o mesmo que ser autêntico. Algumas pessoas chamam esse processo de “humanizar o conteúdo”, mas eu acho essa definição bem imprecisa.
Quando eu leio sobre “humanizar o conteúdo”, parece que a pessoa quer colocar uma maquiagem no conteúdo gerado por máquina, para ninguém perceber o uso. Na minha opinião, o conteúdo precisa ser desde o início fundamentalmente diferente, com coisas que a IA não consegue gerar.
Se for só um texto do ChatGPT, mas com “cara humana”, ele não trará nada de novo ou relevante de qualquer maneira.
As principais formas de se diferenciar do conteúdo gerado por IA são:
Apresente experiências, análises e pontos de vista pessoais;
Crie conteúdos com base em dados atualizados;
Defina um estilo e tom de voz;
Fale a linguagem da sua audiência;
Não se guie pelas dicas dos plugins de SEO;
Foque em qualidade, não em quantidade;
Considere diferentes formatos de conteúdo;
Destaque autores e colaboradores;
Revise tudo o que sai da IA.
Esses conceitos também se aplicam à noção de conteúdo útil, essencial para ter conteúdos visíveis nos buscadores. Veja abaixo como os aplicamos na produção de conteúdo da SHH.
Nota: as dicas estão escritas de forma geral, como “defina o seu tom de voz”. Isso também pode significar “defina o tom de voz da sua empresa” ou “adeque-se ao tom de voz do seu cliente”. Leia as orientações e adapte-as de acordo com a sua realidade.
Experiências, análises e pontos de vista
Normalmente, os conteúdos gerados por IA ficam no óbvio. E com razão: os robôs não têm vivência, não conhecem os desafios reais da sua audiência, muito menos conseguem expressar tudo isso em palavras.
Mesmo quando a IA faz parte do processo criativo, o seu processo é instruir tudo isso nos prompts ou na revisão do conteúdo.
Inclua exemplos pessoais, situações que você já viveu, conte histórias, mostre casos reais de problemas, entre outros. Em muitos casos, pode falar até na primeira pessoa, para transmitir ainda mais a ideia de “este conteúdo retrata algo que eu vivi”.
Quando você usar outros textos como referência, tente adicionar algo novo. Pode ser um ponto de vista novo, a sua opinião, uma análise detalhada, um subtópico que está ausente do original, etc.
Em SEO, isto faz parte do processo de information gain e pode tornar as suas páginas mais visíveis.
Como fazemos aqui na SHH: este texto tem vários exemplos – o “miolo” do conteúdo, este heading que você está lendo, foi pensado com base no que a gente faz aqui e vê dando certo no mercado, não em listas prontas que já estão na internet.
Crie conteúdo com base em dados
Os textos prontos da IA fazem pouca citação a dados, principalmente os dados recentes.
É sempre assim por causa do funcionamento dos modelos de linguagem:
Eles são treinados com grandes volumes de dados;
Para consultar dados novos, precisam pesquisar em fontes externas, como índices de buscadores;
O índice é ativado apenas quando o modelo julga relevante para construir a resposta, ou quando a pessoa pede especificamente por isso.
Ou seja, se você não instruir a IA, ela não usará dados recentes para embasar seus textos, nem criará raciocínios complexos sobre eles.
Além disso, muitos dados não estão nas LLMs. Incluem-se aqui os dados internos da sua empresa, coletados pela sua equipe de marketing ou presentes em estudos de mercado.
Se você usá-los para embasar os seus conteúdos, dificilmente eles serão parecidos com o que sai de uma IA.
Como fazemos aqui na SHH: hoje, boa parte da nossa editoria de “notícias” é feita com base em pesquisas. A partir dos insights dessas pesquisas, construímos textos de blog. Este, inclusive, nasceu a partir dos estudos que mencionados ali em cima, sobre a resistência da audiência a textos escritos por IA.
Defina um estilo e um tom de voz
Por padrão, a IA sempre tem um tom neutro, bem informativo. Você até pode pedir para que ela escreva de forma mais animada ou informal, mas é difícil manter consistência e naturalidade.
A solução é desenvolver um estilo próprio para você ou para a sua empresa.
Exemplos para se inspirar é o que não falta: textos do blog do Neil Patel têm sempre a mesma cara, muito longos e detalhados; nas redes sociais o Duolingo faz piada de tudo, a Netflix também; o Nexo Jornal tem conteúdos curtinhos, com boa legibilidade e clareza, etc.
Defina esse estilo e siga sempre, adaptando para a audiência e para cada canal.
Como fazemos aqui na SHH: se você parar pra ler todos os nossos conteúdos, vai reparar que cada pessoa escreve de um jeito – eu repito sempre as mesmas palavras, expressões e estruturas de texto (tanto quanto, assim, aí, etc.), a Karine usa muitos gifs, nos textos do Rafael você nunca vai ver um exemplo sobre futebol porque ele não gosta, etc.
Se a gente colocasse a IA pra revisar a nossa escrita, sem explicar esses detalhes, os conteúdos dos três ficariam muito parecidos, pois ela não tem essa visão sobre estilo.
Fale a linguagem da sua audiência
Essa parte é bem subjetiva, mas é importante porque pode prejudicar a sua credibilidade.
Você precisa conhecer a fundo o seu público-alvo e usar a mesma linguagem que eles. Sem esse tipo de cuidado, corre o risco da IA entregar conteúdos genéricos, ou numa linguagem muito diferente do que o mercado está acostumado.
Por exemplo, se o nosso site chamasse os core updates do Google de “Atualizações Principais”, você perceberia que tem algo de errado. Das duas uma: ou a gente não tá muito acostumado com a terminologia, ou traduziu um texto gringo sem revisar.
Como fazemos aqui na SHH: no nosso caso é bem simples, porque quem escreve os textos trabalha com marketing e SEO, e quem lê também.
Se você precisar escrever para um público muito diferente, recomendamos pedir a opinião dos especialistas da área, na hora da revisão. Era o que eu fazia quando trabalhava no marketing de empresas de engenharia.
Pelo menos de vez em quando algum engenheiro dava os pitacos de redação, estilo e conteúdo antes de eu publicar.
Não se guie pelas dicas dos plugins de SEO
Plugins de SEO como Yoast ou RankMath são ótimos, desde que você não os siga cegamente. Muitas das dicas deixam o texto mais genérico e com a redação engessada, o que a torna mais parecida com o que sai de uma LLM.
Em geral, você deve seguir as dicas que mantenham o texto em linguagem natural. Use as palavras-chave no título, URL, subtítulos e no início do texto, mas não fique tentando forçá-las na redação.
Como fazemos aqui na SHH: ignoramos praticamente todas as recomendações de redação dos plugins de SEO.
Foque em qualidade, não em quantidade
Uma das principais vantagens da IA é escalar a produção de conteúdo. É mais rápido usá-la em partes do processo, o que permite produzir mais.
A questão é que muitas empresas não precisam de mais conteúdo, e sim de conteúdos melhores. Também é muito comum ter equipes produzindo muito, mas tendo problemas na distribuição do conteúdo para a audiência.
Em outros momentos, até fazia mais sentido escalar conteúdo: como o clique era fundamental para consumir informação, você teria mais pontos de contato com o público. O tráfego, que era a principal métrica de sucesso, subia. Logo, a estratégia dava certo.
Portanto, vale a pena fazer esse teste na sua estratégia: tente postar menos, mas criar conteúdos realmente bons, diferentes do que a concorrência faz e com alto grau de profundidade.
Como fazemos aqui na SHH: definimos um volume semanal de conteúdo. Toda semana, postamos cerca de 6 a 8 textos, escrevemos duas newsletters e postamos no LinkedIn sempre que há notícias importantes.
Poderíamos fazer mais do que isso usando IA? Sim. Mas, acreditamos que esse conteúdo geraria conversas menos qualificadas, menos cliques e menos leads. Então, não fazemos.
Destaque autores e colaboradores
Esta dica se alinha à noção de E-E-A-T do Google. Basicamente, significa dar um destaque maior nas páginas para quem está criando o conteúdo.
A IA é impessoal, pois ela não é uma “autora”, é apenas uma ferramenta que alguém usa para criar.
Portanto, se for possível perceber sinais de que há alguém nos bastidores, o conteúdo fica naturalmente mais “humanizado”. Isso pode ser feito de diferentes formas: com um box com informações e redes sociais do autor, no fim da página e com menções dentro do texto.
Para vídeos, inclua apresentadores humanos para gerar maior identificação e diminuir a resistência com a voz robótica dos narradores de IA.
Como fazemos aqui na SHH: todos os nossos textos têm muitas marcas pessoais de quem está escrevendo, além de um campo no final com a descrição do autor e as redes sociais dele.
Fora do site, os nossos conteúdos têm a cara do Rafael Simões, nosso CEO, o que também gera identificação.
Considere diferentes formatos de conteúdo
Quando a gente fala de “conteúdo para SEO”, o texto automaticamente vem à mente.
No entanto, hoje vídeos e carrosséis postados em redes sociais também são muito relevantes. E, em muitos casos, é mais fácil se diferenciar da IA ali do que na redação dentro do seu site.
E, mesmo quando você estiver escrevendo textos, procure fugir um pouquinho da estrutura “padrão” de conteúdo otimizado para SEO, pois é justamente o formato usado pela IA.
Considere incluir comparativos de ferramentas, textos em formato de lista, vídeos com apresentador, newsletters, entre outros.
Como fazemos aqui na SHH: investimos em vídeos, newsletters e posts em redes sociais, além do site. E, por aqui, montamos as estruturas de texto com base nas informações mais importantes para os leitores, mesmo que isso signifique ter um texto “pouco otimizado” para SEO.
Revise tudo o que sai da IA
Uma revisão criteriosa já permite tirar a “cara da IA”, principalmente em textos.
Quanto mais você cria usando Gemini o ChatGPT, mais você percebe as estruturas que se repetem o tempo inteiro. Antes de publicar, substitua-as, para que o conteúdo fique mais com a sua cara.
Às vezes, instruções nos prompts já bastam. Mas, em muitos casos, a IA simplesmente ignora. É o caso do travessão no ChatGPT, mesmo quando você pede para excluir, eles sempre estarão lá.
Você não precisa necessariamente “limpar” o texto desses elementos, apenas garanta que a inclusão deles está alinhada com o seu estilo de escrita.
Como fazemos aqui na SHH: essa a gente não faz, porque não usamos IA nos nossos conteúdos. 😅
Como criar conteúdos que as pessoas realmente gostam de consumir
Este é um passo a passo de como aplicar as dicas acima e de como inserir com inteligência a IA no seu processo de criação. Os passos foram adaptados de um guia publicado na newsletter Leadership in SEO.
O processo para criar conteúdos autênticos, que se destacam em meio aos demais, consiste em:
Entender os algoritmos, mas não se limitar a eles;
Escrever para humanos, mas estruturar para robôs;
Tornar o seu conteúdo original;
Melhorar a legibilidade do texto;
Chamar a atenção;
Distribuir o conteúdo.
Veja abaixo como fazer cada etapa.
1. Entenda os algoritmos, mas não se limite a eles
O Google usa sistemas complexos para definir quais resultados são exibidos para cada pesquisa.
Você deve entender quais são, mas sem se limitar a publicar apenas “o que o algoritmo gosta”. No fim das contas, o buscador quer exibir sites que as pessoas gostam, então foque nelas, não nos robôs.
Inclusive, o Google tem vários sistemas que permitem entender essa satisfação. Um deles é Navboost, que detecta os sites mais clicados.
Em termos de conteúdo, ignorando sinais como marca, autoridade e backlinks, o fundamental é:
Evitar clickbaits, para gerar engajamento positivo e de fato solucionar a busca do visitante;
Criar conteúdo escaneável, que seja facilmente lido e sem clickbaits;
Promover ganho de informação, que significa postar conceitos que não estão em outras páginas sobre o mesmo assunto.
2. Escreva para humanos, estruture para robôs
O Google não “lê” conteúdo igual a um humano. Ele processa informações, usa entidades, embeddings e vetores, e processamento de linguagem natural para compreender o contexto da página e entender como as palavras se relacionam.
Ou seja:
Para humanos, as páginas do seu site precisam ser boas, com experiência de navegação satisfatória e conteúdo de alta qualidade;
Para os robôs, precisa ser estruturada com headings claros, ter links internos relevantes e dados estruturados adequados.
Textos gerados por IA tendem a falhar nas duas etapas – as automações precisam ser complexas para incluir linkagens de boa qualidade, com código limpo e dados estruturados corretos.
Isso sem falar na qualidade de conteúdo, que, como já mencionei neste post, depende bastante de quem está pilotando a IA.
3. Torne o seu conteúdo original
A maioria das dicas deste texto entra nessa etapa aqui. Quando estiver produzindo o seu conteúdo, faça as seguintes perguntas:
Este conteúdo fala de um tema inédito ou pouco explorado?
Este conteúdo apresenta um ponto de vista novo sobre algum tema que as pessoas já conhecem?
O que eu tenho a dizer que um concorrente já não disse?
O que está neste texto pode ser facilmente encontrado no Gemini ou no ChatGPT?
Com base nas respostas, você saberá se está no caminho certo. E, se não estiver, aplique as dicas que viu neste post para tornar seu conteúdo mais relevante.
4. Melhore a legibilidade do seu texto
Em outras palavras, torne o seu conteúdo mais fácil de ler ou de acompanhar.
Para fazer, use:
Listas em bullet points (sem exagero);
Subheadings para dividir o conteúdo de acordo com cada tema;
Parágrafos curtos;
Frases com ritmo, alternando sentenças curtas e longas;
Inclua elementos visuais entre parágrafos, para quebrar a leitura.
Normalmente, você precisará fazer uma revisão antes de postar. É natural você escrever muito nas primeiras versões de um texto e depois ir “enxugando” para deixá-lo mais compacto.
5. Chame a atenção
Além de tornar o seu conteúdo diferente, você também precisa destacá-lo. Nos buscadores, isso geralmente significa:
Criar títulos curtos e chamativos;
Escrever descrições descritivas, em cerca de 135 caracteres ou menos;
Inserir imagens, vídeos ou infográficos, quando fizer sentido para a página;
Implementar dados estruturados para que a página possa aparecer nos snippets destacados do Google.
Em redes sociais, chamar a atenção significa ter um “hook” (gancho) forte. São os primeiros segundos de um vídeo, a capa de um carrossel ou as primeiras duas linhas de um post em texto.
Se o hook não for chamativo, a maioria das pessoas segue direto. Existem várias teorias e estratégias para fazer, mas o melhor é testar com a sua audiência e observar o que converte melhor.
Em certos temas, o post ou vídeo pode ir direto ao ponto, em outros é necessário trazer benefícios, alguns posts requerem um storytelling mais detalhado, etc. Não existe uma regra exata.
6. Distribua o conteúdo
Depois de escrever e publicar o conteúdo, adapte-o para todos os canais que você usa.
O jeito mais simples de fazer é transformar o formato do conteúdo. Ou seja, adaptar as ideias de cada conteúdo para outros formatos também, adequando para cada plataforma.
Este texto aqui, por exemplo, está com quase 3000 palavras. Pensando por cima, ele renderia o seguinte, além do post no blog:
Post com lista de dicas para se diferenciar do conteúdo de IA;
Post destacando as pesquisas que mostram o desprezo da audiência por conteúdo gerado com IA;
Passo a passo para criação de conteúdo;
Newsletter com resumo das principais dicas;
Vídeo com apresentação do Rafael Simões, com detalhes de como aplicamos esses conceitos com os clientes da SHH;
Vídeo explicando porque escalar conteúdo nem sempre é a melhor solução;
Os vídeos longos podem virar uma série de cortes para TikTok.
Muita coisa, né?
O melhor é que rende por muito tempo. Postar tudo de uma vez, ao mesmo tempo em todos os canais, pode tornar o conteúdo cansativo. Mas, se os posts forem espalhados, eles soam naturais. E, como tem sempre gente nova entrando no funil, alguém estará vendo aquilo pela primeira vez.
Como saber se está dando certo?
Os principais indicadores para avaliar a qualidade de um conteúdo são os seguintes:
Tráfego, que está perdendo importância mas segue sendo um dos principais;
Interações do seu público-alvo, como comentários em redes sociais;
Novos leads e negócios (quando eles chegarem, pergunte como conheceram a sua empresa);
Pesquisas com marca;
Tráfego direto (veja se, depois que você começou a postar conteúdos autênticos, o tráfego geral do seu site subiu).
Se você já publica conteúdo gerado por IA, compare os resultados do “conteúdo autêntico” com o “conteúdo gerado por máquina” para entender melhor o comportamento da sua audiência.
Eu recomendo bastante que você faça testes antes de aplicar o que leu aqui neste post.
Incluímos boas práticas gerais, com base no que grandes nomes do mercado estão fazendo, mas cada negócio tem a sua própria realidade.
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Estratégias de conteúdo são um tema complexo, que exigem testes, análises, estudos de concorrência, entre outras ações.
Para quem precisa de apoio nisso, nosso time pode ajudar. Somos especialistas em SEO, mas parte da nossa consultoria envolve o apoio a equipes de conteúdo. Entre em contato com a SHH para entender como funciona e quais serviços oferecemos.
Elyson Gums é redator na SEO Happy Hour. Trabalha com redação e produção de conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014, em segmentos B2C e B2B. É bacharel em Jornalismo (Univali/SC) e mestre em Comunicação Social (UFPR).
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