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Google Discover: o que é, como funciona e 10 dicas para seu site aparecer lá

O Google Discover é um serviço que oferece recomendações de conteúdo personalizadas direto na tela inicial do buscador. Inicialmente, aparecia apenas em dispositivos móveis, mas, desde 2025, está em testes em desktops

Ele exibe uma série de cartões de notícias, artigos, vídeos e outros tipos de conteúdo com base nos interesses das pessoas, histórico de pesquisa e atividades online.

Para isto, usa algoritmos avançados para entender os tópicos de interesse de uma pessoa e, em seguida, exibir conteúdo relevante. 

Print de exemplo da tela do Google Discover no smartphone

Para que você possa dominar a arte de direcionar tráfego pelo Discover, vamos aprender antes alguns pontos importantes sobre essa plataforma.

Para esse guia, utilizamos como base os ensinamentos do artigo da Moz, uma análise feita por Harry Clarkson-Bennett e, é claro, a experiência da equipe da SHH na otimização de sites para o Discover.

Google Discover x Pesquisa do Google

O Google Discover é um produto separado da Pesquisa Google, com diferentes comportamentos e estratégias de SEO. O desempenho do conteúdo pode variar entre eles, e é comum que o conteúdo apareça em apenas um deles. 

O Discover foca nos interesses exclusivos de uma pessoa, com conteúdo mais específico e de nicho, enquanto a Pesquisa do Google apresenta resultados mais amplos que serão exibidos com base nas otimizações de SEO. 

Vários fatores, como tópico, demanda de pesquisa, imagens, manchetes e atualidade do conteúdo, determinam se um artigo atrai tráfego de SEO, Discover ou ambos.

Veja a seguir as principais diferenças entre o tráfego de SEO (Pesquisa do Google) e o tráfego de Discover:  

Tráfego de Discover

Origem

Vem do Google Discover, onde os visitantes visualizam recomendações de conteúdo diretamente em suas páginas iniciais de dispositivos móveis, sem a necessidade de fazer uma pesquisa ativa. 

Intenção do usuário

As pessoas não estão necessariamente procurando informações ativamente. O conteúdo é sugerido com base em interesses anteriores e cache, e os usuários podem descobrir informações que talvez não estivessem procurando.

Conteúdo

O conteúdo é apresentado em um formato de feed e pode ser mais variado, incluindo notícias, artigos, vídeos e outros tipos de conteúdo.

Relevância

A relevância é baseada em algoritmos de aprendizado de máquina que analisam o histórico de navegação e os interesses do indivíduo para apresentar conteúdo relevante.

Nicho e Especificidade

O conteúdo pode ser mais específico, direcionado a nichos e ajustado de acordo com as preferências individuais.

Tráfego de SEO

Origem

É gerado a partir dos resultados de pesquisa orgânica nos mecanismos de busca. As pessoas acessam um site depois de fazer uma pesquisa ativa usando palavras-chave ou frases relacionadas.

Intenção do usuário

As pessoas têm uma intenção específica de buscar informações ou solucionar um problema quando fazem uma pesquisa. Eles estão ativamente procurando por algo.

Conteúdo

O conteúdo geralmente é otimizado para atender a consultas específicas de pesquisa, com foco em palavras-chave relevantes.

Relevância

A relevância é determinada pela correspondência entre as palavras-chave da consulta do visitante e o conteúdo do site.

Nicho e Especificidade

O conteúdo pode ser mais amplo e direcionado a consultas populares.

Atualizações no Discover

O Google está lançando uma série de atualizações para o Discover. Sem exceção, elas estão em duas categorias:

  • Implementação de IA: resumos de notícia, que dão mais contexto às pessoas antes mesmo de elas clicarem em algum site; 
  • Personalização: recursos específicos para oferecer conteúdo cada vez mais segmentado.

Sobre a IA, as principais novidades foram os resumos de vídeos, como você pode ver na imagem abaixo. Alguns meses depois, o Google também anunciou um recurso parecido com os “trending topics”, em que a IA gera uma pré-visualização dos temas em alta.

Já no quesito de personalização, o Google está fazendo vários testes diferentes:

  • Um campo chamado What’s New (o que há de novo), para agrupar as principais novidades sobre equipes esportivas;
  • Opção de seguir um time e receber notícias sobre ele com mais frequência;
  • Exibição de conteúdo em novos formatos, como posts de redes sociais, com botão de “seguir”, para que as pessoas acompanhem seus influenciadores preferidos.

A ideia do Google com essas atualizações é permitir que as pessoas “controlem mais” o conteúdo que elas veem (e clicam).

Valor do Google Discover

O valor do Discover é significativo se o seu site realmente puder se aproveitar dessa plataforma. Por exemplo, em sites focados em aumentar o tráfego, especialmente aqueles que geram receita com anúncios display e/ou links afiliados, o Discover pode ser uma fonte altamente valiosa de tráfego.

No entanto, para outros tipos de sites, é desafiador determinar a utilidade do tráfego do Discover, já que não existe uma métrica dedicada no Google Analytics. Ao analisar as origens do tráfego no GA, por mais que você possa ter tráfego que veio do Discover, ele provavelmente vai ser determinado como tráfego direto.

Que tipo de conteúdo faz sucesso no Discover? 

No geral, o Discover costuma exibir conteúdo atual e em tendência de sites de notícias. Porém, ocasionalmente, ele direciona tráfego para páginas de alta conversão, como páginas de produtos, com base nos interesses das pessoas.

Como ele é conhecido por destacar conteúdo atual, interessante e relevante, existem tipos de site e conteúdos que normalmente têm bons resultados no Discover: 

  • Sites de notícias;
  • Publicações com foco em entretenimento;
  • Sites de estilo de vida, como moda, culinária, viagens, saúde e bem-estar;
  • Blogs de nichos específicos, como tecnologia, hobbies, esportes, entre outros;
  • Conteúdo visual, como vídeos, imagens e infográficos;
  • Conteúdos em tendência nas redes sociais, como desafios virais, notícias populares e eventos atuais;
  • Artigos longos e aprofundados;
  • Conteúdo local (notícias, eventos e informações locais relevantes para a localização do usuário). 

Natureza volátil do Discover

Nosso objetivo aqui é te encorajar a usar o Discover para atrair tráfego. Porém, a gente tem que ser verdadeiro: o Google Discover é, por natureza, extremamente volátil e imprevisível.

Não é incomum que um site receba milhares de cliques em um dia e nenhum clique no dia seguinte. Com menos frequência (até onde a gente sabe), a plataforma também pode ser afetada por bugs, como anunciamos aqui em 2023 e em 2025.

Recentemente, o Google atualizou sua documentação para explicar melhor a volatilidade do tráfego no Discover

As principais causas são:

  • Atualizações do Google: atualizações gerais do Google, como spam updates e core updates também podem influenciar o tráfego que sites recebem no Discover.
  • Mudanças de interesse: quando um assunto perde interesse e é menos pesquisado, o conteúdo sobre ele também pode aparecer menos no Discover;
  • Tipos de conteúdo: o Discover também ajusta quais tipos de conteúdo têm mais visibilidade, com base no que a audiência mais interage.

Tudo isso quer dizer que, apesar de poder representar um aumento significativo de novos visitantes no seu site, depender exclusivamente do Discover pode ser uma grande furada! É necessário entender e aceitar essa instabilidade do tráfego. Nas palavras de John Shehata, um especialista em SEO para notícias: “Pense no tráfego do Discover como tráfego extra”.

Esta também é a recomendação do próprio Google: “o tráfego do Discover precisa ser considerado complementar ao tráfego de pesquisa direcionado por palavras-chave”.

Dados do Discover

O único relatório dedicado ao tráfego do Google Discover está nos relatórios de desempenho do Google Search Console, no painel lateral esquerdo:

Print do menu do Google Search Console indicando onde fica o relatório do discover

Este relatório só aparece se o seu site tiver recebido cliques do Discover durante o período de tempo selecionado. O Google tem uma documentação que te ajuda a ler e interpretar este relatório

É um relatório simples, com informações como número de cliques, impressões e CTR. Também é possível realizar comparativos entre diferentes períodos de datas.

Print do  gráfigo do relatório do discover no GSC

Como o Google escolhe quais conteúdos exibir no Discover

O Google não informa publicamente os detalhes dos sistemas para seleção de páginas e personalização de feed. No entanto, algumas documentações vazadas em 2024 trazem algumas pistas.

O processo resumido é o seguinte:

  1. O Google prioriza sites confiáveis, definidos com base em indicadores internos;
  2. Há um processo com seis etapas para entender de quais conteúdos as pessoas mais gostam;
  3. Conteúdos novos recebem prioridade – e “viralizam” quando há sinais claros de que as pessoas interagem com eles;
  4. Os interesses das pessoas influenciam diretamente na presença de conteúdos do Discover. 

Além disso, há uma série de diretrizes técnicas para aparecer no Discover, que abordaremos nos próximos blocos do nosso guia.

Mas, antes de chegar lá, vale a pena explorar as seis etapas da exibição de conteúdo no Discover. Elas estão representadas no diagrama abaixo, criado por Harry Clarkson-Bennett.

1. Eligibilidade técnica

Antes de tudo, o Google analisa se o site atende a alguns critérios técnicos. Isso significa não postar spam e publicar conteúdo útil, tem autoridade tópica, e posta em formatos alinhados com o Discover.

Cada site é classificado usando os seguintes atributos:

  • is_discover_feed_eligible: um campo que diferencia páginas entre “elegíveis” e “não-elegíveis”;
  • publisher_trustScore: uma classificação da reputação e credibilidade de um site;
  • topicAuthority_discover: uma pontuação do quanto aquela fonte tem autoridade em determinado tema.

Com base nisso, o Google entende se o seu site tem o mínimo necessário para oferecer uma boa experiência no Discover.

2. Descoberta inicial

Se for elegível, o conteúdo recebe um “empurrãozinho” inicial. Essa é uma etapa de testes, para ver se o conteúdo realmente agrada ao público.

Os atributos internos usados permitem simular o desempenho de um conteúdo, com base em: 

  • freshnessBoost_discover: exibição de conteúdo novo para um número maior de pessoas;
  • discover_clicks: mapeia os cliques para prever a popularidade de um conteúdo;
  • headlineClickModel_discover: modelo de CTR com base no título e na imagem destacada da página.

3. Avaliação de engajamento dos visitantes

Usando o algoritmo Navboost, o Google determina a qualidade das interações com as páginas. Conteúdos com CTR baixo ou cliques de baixo valor (a pessoa deixa o site poucos segundos após o clique) diminuem as chances de aparecer no Discover.

Também há um esforço em penalizar experiências ruins, como os clickbaits agressivos, por meio dos hábitos de cliques das pessoas.

Os atributos internos usados pelo Google são:

  • discover_blacklist_score: penaliza spam, informação falsa e clickbait;
  • goodClicks_discover: cliques “bons” (pessoa fica mais tempo dentro da página);
  • badClicks_discover: cliques “ruins” (taxa de bounce rate alto, pouco tempo de permanência na página);
  • nav_boosted_discover_clicks: retorno a um site (quando a pessoa engaja várias vezes com um mesmo portal).

Quando um conteúdo tem bom engajamento, pode aparecer nos feeds de grupos de pessoas com interesse semelhantes. E, quando tem engajamento ruim, não será enviado para esse público. 

Os cliques não precisam necessariamente vir do Discover. Como o Google coleta dados do Chrome, ele pode entender se um artigo gerou cliques positivos a partir de redes sociais ou Pesquisa Orgânica também. 

Portanto, quanto mais interações você gerar, melhor. E melhor ainda se for logo no começo, assim que o artigo for publicado. E, se o Google notar um padrão “ruim” de cliques em diversos artigos do seu site, você pode ter mais dificuldades para aparecer. 

4. Reavaliação de qualidade

A avaliação de qualidade do Google é contínua. É um loop que classifica e reclassifica os artigos com base no feedback das pessoas e nos dados coletados por meio de sistemas como o Navboost.

Internamente, o Google avalia os seguintes atributos:

  • discover_impressions: quantas vezes uma página aparece no Discover;
  • discover_ctr: número de cliques dividido pelo número de impressões;
  • discover_feedback_negative: considera feedback negativo das pessoas, como clicar no botão “não tenho interesse” ao ver um conteúdo. 

5. Personalização

O processo também tem uma forte camada de personalização, na qual o Google agrupa conteúdos e os direciona para quem tem maior probabilidade de clicar.

A base técnica disso é a vetorização. É o processo no qual o Google cria representações matemáticas de páginas e de pessoas (com base nos dados coletados pela big tech).

Os vetores são comparados para entender quais páginas devem ser exibidas no feed de cada pessoa.

Internamente, a avaliação é feita por meio de atributos como:

  • contentEmbeddings_discover: vetorização de conteúdos para identificar quais melhor atendem aos interesses das pessoas;
  • personalization_vector_match: módulo que personaliza o feed em tempo real, por meio da comparação entre vetores.

6. Atualização do feed

O feed do Discover está sempre em movimento. Posts antigos perdem espaço e deixam de aparecer, conforme surgem outros assuntos em alta e o engajamento deles caem.

As métricas usadas pelo Google são:

  • freshnessDecay_timer: reduz gradualmente a visibilidade do conteúdo depois da descoberta inicial (descrita na etapa 2);
  • content_staleness_penalty: reduz o alcance de conteúdos desatualizados e que abordam tópicos cujo interesse decaiu.

Nesse aspecto, Harry compara o Discover com uma rede social, com a “função” de sempre mostrar algo novo para que as pessoas passem mais tempo usando o produto.

Por que meu site não recebe tráfego do Discover? 

Se você não está recebendo tráfego do Discover, existem algumas possíveis razões para isso:

  • Inelegibilidade técnica (vamos falar sobre isso nos próximos blocos);
  • Você não está produzindo o tipo de conteúdo que atrai o Discover;
  • Pode estar acontecendo alguma violação das diretrizes de conteúdo específicas do Google para Notícias e Discover (também vamos falar mais sobre a seguir);
  • O site pode estar sendo “filtrado” ou perder significativamente o tráfego do Discover devido a problemas de qualidade em todo o site, o que frequentemente ocorre durante os core updates do Google ou outras atualizações de algoritmo, como a atualização de conteúdo útil;
  • Seu site pode ter muito conteúdo NSFW (não seguro para o trabalho). Pense no Discover como um produto mais “adequado para a família” do que os resultados de pesquisa do Google, que contêm a opção de ativar ou desativar o filtro SafeSearch. O Discover não tem essa opção, portanto, o conteúdo NSFW muitas vezes é considerado inelegível para o tráfego do Discover. Isso foi confirmado pelo Google em maio de 2023.
“NSFW” é uma sigla que significa “Not Safe For Work”, em português, “Não Seguro Para o Trabalho”. É uma forma de alertar os usuários de que o conteúdo em questão pode não ser apropriado para ser visualizado em um ambiente de trabalho ou em locais públicos. 
Esse tipo de conteúdo geralmente contém material que é considerado obsceno, pornográfico, violento, perturbador, ofensivo ou que, de alguma forma, possa ser considerado inadequado para um ambiente profissional.

Como obter tráfego no Google Discover

Agora você já entendeu como o Google Discover funciona (e como às vezes ele não funciona muito bem 😅), quais conteúdos são priorizados na plataforma e como acessar seus dados de tráfego. Portanto, se você quer seu site no Discover, confira dicas úteis para chegar lá:

1. Elegibilidade técnica para o Discover

Não existe uma maneira de enviar o seu site para o Discover. Qualquer site que esteja disponível para indexação para o Google Search, também vai estar disponível para o Discover. No entanto, existem alguns requisitos e qualificações técnicas que podem contribuir para seu site aparecer lá: 

◾ Requisitos para imagem

O conselho do Google para imagens no Discover é o seguinte: “Use imagens cativantes e de alta qualidade em seu conteúdo, especialmente imagens grandes que têm mais probabilidade de gerar visitas do Discover. As imagens grandes devem ter pelo menos 1200 pixels de largura e devem ser habilitadas pela configuração max-image-preview:large ou pelo uso do AMP. Evite usar um logotipo do site como sua imagem”.  

Apenas uma imagem em destaque no artigo precisa atender a esse requisito mínimo de 1200 pixels de largura — não é necessário que se aplique a todas as imagens na página.

A configuração max-image-preview:large é uma meta tag que deve ser inserida no <head> de cada página que você deseja incluir no Google Discover. Se você usar o plugin Yoast do WordPress, essa tag será inserida automaticamente em seus modelos.

Lembre-se que a imagem desempenha um papel importante na taxa de cliques (CTR) no Google Discover, portanto, escolha algo cativante para o seu público.

Existe um plugin do Chrome que ajuda a visualizar como uma imagem ficará em um artigo do Google Discover

Print de uma reportagem no discover

◾ Requisitos para conteúdo

Qualquer conteúdo que atenda aos requisitos de imagem pode ser elegível para aparecer no Discover, mas também deve atender às políticas de conteúdo do Google para Notícias e Discover. É proibido propagar: 

  • Conteúdo perigoso;
  • Práticas enganosas;
  • Conteúdo de incitação ao assédio;
  • Conteúdo de incitação ao ódio;
  • Mídia manipulada;
  • Conteúdo médico;
  • Conteúdo sexualmente explícito;
  • Conteúdo terrorista;
  • Violência e imagens sangrentas;
  • Linguagem vulgar e obscena.

Além disso, o Discover possui políticas específicas relacionadas a: anúncios e conteúdo patrocinado; conteúdo de eleições; conteúdo enganoso e transparência.

O Discover tem como objetivo apresentar conteúdo envolvente, interessante e relevante para as pessoas, portanto, em geral, conteúdo desatualizado, obsoleto ou não envolvente provavelmente não aparecerá lá

No entanto, se uma página específica for muito relevante para um determinado pesquisador, ela às vezes pode aparecer no Discover e direcionar tráfego adicional para o seu site. 

Por exemplo, se um estudante em potencial já procurou informações sobre a inscrição na Universidade de Nova York, é possível que ele veja uma página de inscrição da NYU ou uma página sobre a vida no campus da NYU em seu feed do Discover.

Além disso, a localização e as configurações de idioma do usuário podem influenciar o que aparece no Discover. Por exemplo, se você buscou por viagens nas Maldivas, é possível que veja conteúdos relacionados a isso no seu feed. E se você usa mais de um idioma no Google, pode receber artigos nos dois ou mais idiomas que utiliza com frequência.

◾ Central do Editor ou Google Publisher Center

O Google Publisher Center ou Central do Editor é uma ferramenta que pode ajudar o seu site a aparecer no Google Discover. Com essa plataforma você pode fornecer mais informações ao Google sobre as suas publicações, como a categoria de conteúdo principal, o país de origem e as seções principais do site.

Print da plataforma Google Publisher Center

Para utilizar a Central do Editor, você deve ter a propriedade do seu site cadastrado no Google Search Console. Vamos aos benefícios do Google Publisher Center: 

  • Melhor visibilidade: a Central do Editor permite que você informe ao Google detalhes importantes sobre sua publicação. Isso ajuda o Google a entender melhor o seu conteúdo e direcioná-lo para o público certo no Discover;
  • Controle sobre seções de conteúdo: você pode especificar as seções do seu site das quais o Google deve extrair novo e conteúdo atualizado. Assim, seus conteúdos mais relevantes terão mais chances de serem exibidos no Discover;
  • Personalização: a possibilidade de adicionar um feed personalizado, chamado “Para Você”, permite que o Google forneça conteúdo selecionado com base nos interesses das pessoas, tornando-o mais atraente para uma audiência específica;
  • Melhor compreensão da sua publicação: ao fornecer informações detalhadas sobre sua publicação, você ajuda o Google a entender melhor o que seu site oferece e como ele pode ser útil para as pessoas, aumentando suas chances de ser exibido no Discover;
  • Acompanhamento e insights: a Central do Editor oferece informações sobre o desempenho do seu conteúdo no Discover, permitindo que você avalie como suas estratégias estão funcionando e faça ajustes conforme necessário.

É importante observar que o Google Publisher Center serve apenas como uma dica para o Google sobre a sua publicação e o conteúdo nela. Desde 2019, não há um processo formal de inclusão ou envio de notícias para o Google News ou Discover.

◾ Recurso de acompanhamento (follow) 

O recurso de acompanhamento (Follow) permite que uma pessoa siga determinadas publicações no Google News e Discover. Habilitar o recurso “Seguir” para a sua publicação pode aumentar a visibilidade do seu conteúdo no Discover, desde que você tenha pessoas seguindo o seu site.

Além de seguir uma marca específica, o Google também tem testado maneiras de permitir que os usuários sigam e deixem de seguir interesses e entidades específicas no Google Discover. 

Você também pode deixar de seguir interesses ou publicações específicas individualmente, expandindo os três pontos ao lado de cada artigo no Discover.

Print das opções do Google Discover ao clicar nos 3 pontinhos em uma reportagem

A opção “Não tenho interesse” é útil para verificar as principais entidades e tópicos com os quais o Google associa um determinado artigo. Isso permite que as pessoas personalizem suas preferências e recebam conteúdo mais relevante no Discover.

2. Afinidade e tópicos de interesse de uma pessoa

O conteúdo no Google Discover está altamente associado às afinidades individuais de cada pessoa e aos tópicos que ela tem interesse. Isso significa que o que uma pessoa vê no Google Discover está relacionado aos seus interesses pessoais e aos tópicos que lhe são relevantes. 

Entender que o Google Discover está fortemente ligado a tópicos e afinidades pode ajudar o seu site a atrair mais tráfego do Discover. Um bom ponto de partida para isso envolve:

  • Exportar os conteúdos do Discover mais bem-sucedidos do seu site nos últimos 16 meses (usando o Google Search Console);
  • Analisar os tópicos ou tópicos mais bem-sucedidos que impulsionaram o tráfego e a visibilidade no seu site nesse período. Isso pode ser feito analisando estruturas de URL, trilhas de navegação, tags ou usando uma ferramenta de Processamento de Linguagem Natural (NLP), como o Diffbot, juntamente com análise de dados e visualização;
  • Usar uma ferramenta de escuta social, como Sprout ou Buzzsumo, para monitorar tendências e atualizações relacionadas aos tópicos, ou tópicos que ressoam com sua audiência, e escrever consistentemente sobre esses temas, especialmente quando estão em alta.

Por exemplo, se o seu site se concentra na Disney, você pode usar ferramentas como o Buzzsumo para acompanhar os artigos em alta relacionados à Disney nas redes sociais.

Print da plataforma Buzzsumo

É recomendado também criar uma persona que corresponda ao seu público-alvo em termos de interesses, seguidores e histórico de pesquisa. Dessa forma, você pode ver o que essa persona veria em seu feed do Discover, o que proporciona informações valiosas sobre a concorrência.

3. Ações manuais

A equipe de combate ao spam do Google envia ações manuais se o conteúdo do seu site violar as diretrizes do Discover, como conter conselhos médicos que contradigam o consenso científico ou conteúdo que seja prejudicial, violento ou terrorista. 

É importante ler e compreender cada ação manual na lista. Uma ação manual pode resultar em declínios significativos no Discover, às vezes afetando mais do que apenas as URLs específicas em questão.

Uma ação manual comum vista pela autora do texto no blog da Moz é “conteúdo enganoso”, que geralmente ocorre quando os títulos de um site contêm informações que não estão incluídas no artigo, como a data de lançamento de um programa que ainda não anunciou a sua data de lançamento real.

Se o seu site receber uma ação manual, você deve remover o conteúdo problemático do seu site ou corrigi-lo antes de enviar um pedido de reavaliação. Sempre verifique o Relatório de Ações Manuais no Search Console para garantir que não haja penalidades pendentes ou não tratadas.

4. Conteúdo impróprio

O Google é claro quanto ao fato de que o conteúdo adulto e inadequado não entra no Discover. Inclusive, conteúdo filtrado pelo SafeSearch provavelmente não aparecerá no Discover. 

No entanto, o Google não compartilha especificações sobre o que é considerado adulto ou não, nem como a presença de conteúdo adulto, inadequado ou ofensivo pode afetar o domínio global no Discover.

Se o seu site contém conteúdo adulto, que se refere a sexo, violência, questões políticas acaloradas, imagens grotescas ou qualquer conteúdo que possa ser considerado inadequado para crianças, isso pode limitar a capacidade de todo o domínio de aparecer no Discover. Ter uma quantidade significativa desse tipo de conteúdo em todo o domínio pode limitar a visibilidade de todo o site no Discover.

Uma prática recomendada é segmentar o conteúdo NSFW (Not Safe for Work) em um site separado ou subdomínio sempre que possível. Também é possível usar um subdomínio separado para direcionar o tráfego do Discover se o seu site principal contiver quantidades significativas de conteúdo adulto ou inadequado.

A imagem abaixo mostra o desempenho no Discover de um site que, sem saber, classificava para muitas palavras-chave e conteúdo violento, o qual foi removido do site em 10 de maio. A partir daí, o site começou a obter tráfego do Discover: 

Print de um relatório do Discover no GSC

5. Acertando a imagem

Além das especificações técnicas, que já falamos anteriormente, também é importante escolher as imagens corretas. Avalie as imagens de artigos do Discover, analisando quais tiveram CTR ruim e bom. Assim, você consegue ter uma ideia do que funciona melhor com sua audiência.

Imagens desfocadas ou fora de foco podem resultar em baixas taxas de cliques. Além disso, imagens que não têm a ver com a sua audiência também podem ter uma relevância baixa.

Faça um inventário das imagens de seus artigos de melhor e pior desempenho, juntamente com suas imagens em destaque, para identificar padrões que indiquem quais imagens funcionam melhor para gerar altas taxas de cliques.

6. O campo ideal para colocar a manchete da notícia

A manchete exibida na miniatura do artigo do Google Discover, em combinação com a imagem em destaque, são os dois principais elementos para gerar altas taxas de cliques no Discover. A manchete é, sem dúvida, o elemento mais crucial.

Portanto, é essencial entender como escrever boas manchetes. Em geral, o Google escolherá o <h1> ou o título Open Graph (OG) para a manchete na miniatura do artigo no Google Discover. No entanto, ocasionalmente, ele também pode escolher a tag <title>. Essa escolha depende mais do Google do que de você, pois ele escolhe como manchete a informação que achar mais adequada.

Isso dá aos redatores mais liberdade criativa para escrever manchetes diferentes para SEO, que o Google normalmente extrai da tag <title>, do que para o Discover.

A autora do texto sugere testar manchetes mais “amigáveis ao Discover” no campo “OG” e seguir as melhores práticas de SEO para o <title> e o <h1> do artigo. Alguns editores também optam por escrever H1s mais envolventes (e menos otimizados para palavras-chave, em comparação com o <title>), o que funciona bem para eles no Discover.

Acima, temos um exemplo do jornal New York Times. Neste artigo, o New York Times incluiu a palavra-chave principal “Shichimi Togarashi” em seu <title>, que é exibido nos resultados de pesquisa e corresponde à forma como as pessoas procuram por esse tempero. No entanto, o New York Times omitiu o nome do tempero para uma manchete mais envolvente (usando o campo <h1>), que promove a curiosidade e incentiva os usuários do Discover a clicar para saber mais.

🚨 Uma ressalva importante sobre essa abordagem: leia atentamente as diretrizes de ações manuais do Google, pois o uso excessivo de manchetes que omitem informações sem realmente oferecer essas informações de forma proeminente na página pode levar a ações manuais e desvalorizações algorítmicas no Discover.

7. Web Stories e Vídeos

As Web Stories oferecem uma boa maneira de entrar no Google Discover, especialmente se seu site nunca teve tráfego no Discover antes. Isso porque o Google continua promovendo as Web Stories no Google Discover e ainda parece ter um estoque limitado para escolher. Para quem não lembra, esse formato de notícia é semelhante aos stories do Instagram. 

O Google oferece muitos recursos para criar rapidamente e facilmente Web Stories, como esta página no Google for Creators. Embora as Web Stories nem sempre sejam super lucrativas para os sites (não suportam muitos anúncios, e nem todos os usuários clicam para ir ao site), elas podem gerar muito tráfego no Discover. É recomendado usá-las para histórias visualmente envolventes ou para marcas que desejam mais visibilidade no topo do funil.

Também vemos que o Google está recompensando muito o conteúdo de vídeo no Google Discover. O upload de vídeos diretamente no YouTube é a melhor maneira de ser incluído no Discover, além do Shorts no YouTube, que frequentemente aparece no Discover também.

8. Vida útil do artigo

Fique atento ao tempo de relevância dos seus artigos no Discover. Para muitos artigos, a vida útil é apenas de alguns dias. Ao entender a vida média de seus artigos, você pode tomar algumas decisões editoriais, como:

  • Avaliar se existem novos detalhes ou informações que podem ser adicionados à história para atualizar o conteúdo;
  • Ter cuidado ao tentar alterar a data de publicação ou modificação sem fazer alterações significativas no conteúdo, pois isso pode levar a uma ação manual de “Atualização Artificial”;
  • Analisar se é possível escrever outra história relacionada, dado que a primeira teve um bom desempenho, mas o tráfego diminuiu (certifique-se de que os artigos estejam vinculados entre si);
  • Entender a melhor forma de gerenciar o conteúdo que teve bom desempenho no Discover, mas que não gera mais tráfego. Talvez o ideal seja estabelecer um período para rever esses conteúdos e atualizá-los;

🚨 Dica: se você criar muito conteúdo que tem bom desempenho no Discover e depois o esquecer, isso pode criar problemas de qualidade no site ao longo do tempo. Considere os sistemas de classificação do Google, como o Sistema de Conteúdo Útil, que pode rebaixar sites por terem muito conteúdo fraco e não útil.

9. Impacto dos updates do Google

Todos os updates do Google podem afetar o Discover, e quem diz isso é a própria big tech:

“Como o Discover é uma extensão da Pesquisa, às vezes as atualizações podem produzir mudanças no tráfego.” – Trecho retirado da documentação do Google sobre o Discover.

É importante lembrar que o Google usa várias avaliações de qualidade em todo o site, inclusive para o Google Discover. Portanto, sentir os impactos negativos das atualizações do Google serve como uma boa dica de que você deve melhorar a qualidade do seu site. Sabe como é, olhe o copo meio cheio 😅

10. Compreenda o impacto do syndicated content

Se o seu site costuma publicar conteúdo para sites parceiros, ou seja, se você realiza estratégias de syndicated content, isso pode apresentar alguns riscos em relação à visibilidade no Discover.

Recentemente, o Google aconselhou que os sites parceiros devem adicionar a tag noindex a artigos sindicados, o que garantirá que o Google indexe e classifique a fonte original. 

No entanto, muitos editores sabem que os sites parceiros provavelmente não concordarão com esses termos, uma vez que a tag noindex é uma situação de perda para ambos os sites, original e parceiro. Com a tag noindex, o conteúdo não é indexado e não aparece nos resultados de pesquisa. 

Não existe uma recomendação única e clara para como gerenciar esse dilema, mas qualquer site que utilize a estratégia de conteúdos sindicados deve entender essas implicações, pois é possível que o site esteja perdendo potencial tráfego no Discover.

Checklist para aparecer mais no Discover

Harry Clarkson-Bennett montou uma lista de ações para gerar mais tráfego no Discover. São onze passos, apresentados abaixo como um checklist simples para você aplicar no seu projeto:

  1. Verificar requisitos básicos de imagem (1200 pixels de largura, visualmente interessante);
  2. Identificar autoridade temática do site (onde você já tem bom desempenho);
  3. Investir em conteúdo que gera valor real, sem clickbait;
  4. Acompanhar os temas em alta, para publicar com rapidez e atualizar com frequência; 
  5. Destacar claramente quem ou o que é o foco da página no título, imagem e primeiros parágrafos do texto (para ajudar o Google a entender melhor seu conteúdo);
  6. Criar bons títulos (criativos e chamativos, mas sem clickbait), com foco no H1 e na og:title;
  7. Compartilhar o conteúdo nos canais certos, para gerar engajamento inicial;
  8. Verificar experiência de página (site rápido, funcional em dispositivos móveis, seguro e com poucos anúncios);
  9. Facilitar a navegação, incluindo links internos e recomendações de conteúdos adicionais;
  10. Converter o tráfego com ações simples, como inscrições em newsletters (se isso for relevante para o seu negócio);
  11. Monitorar e reaproveitar o conteúdo que já deu certo.

Esses são alguns, mas certamente não todos, dos problemas e oportunidades mais significativos que vemos para os sites alcançarem sucesso no Google Discover, mas o trabalho não para por aqui. O Discover, assim como a pesquisa, está em constante evolução, e o Google continua a testar novos formatos e novos sites o tempo todo.

Lembrando que a SEO Happy Hour realiza a consultoria de SEO também para organizações e empresas que visam o Google Discover. Entre em contato com a gente via formulário ou pelo e-mail contato@seohappyhour.com. E se você trabalha com SEO e tem alguma dúvida específica sobre este assunto, manda pra gente por e-mail que vamos te ajudar!

  • Rafael Simões

    Rafael Simões

    Rafael Simões é CEO da SEO Happy Hour e especialista com mais de 13 anos de experiência em SEO. Já atendeu clientes do Brasil, Estados Unidos, Canadá e Austrália. Também é host do podcast SEO Happy Hour. Desde 2011 ajuda empresas a aumentarem seu tráfego, vendas e leads com estratégias de Search Engine Optimization e Conversion Rate Optimization.

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