Elyson Gums
Atualizado em 09/10/2025
14 min de leitura
O Google muda mais rápido do que você consegue acompanhar? Não se preocupe, isso é comum pra muita gente.
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SEO centrado no usuário significa otimizar sites com base no que realmente tem valor para a sua audiência.
Não é um conceito novo, mas ainda tem muita gente que não segue. O mais comum é tentar agradar mais “o algoritmo” do que o público-alvo – o que resulta em baixa qualidade e em páginas que não geram conversões.
Há anos o próprio Google sugere essa abordagem, por meio do conselho “produza para pessoas, não para algoritmos”, que era muito frequente durante as atualizações de conteúdo útil, entre 2022 e 2024.
Neste post você aprenderá como colocar essa filosofia em prática no seu site.
SEO centrado em usuário prioriza os interesses, necessidades e hábitos dos visitantes. O público está no centro de cada processo, como a escolha de pautas, a otimização de páginas, as decisões editoriais e as melhorias de usabilidade.
O conceito de “centrar-se no usuário” existe em diversas áreas, desde design até atendimento. A lógica é sempre a mesma – tratar o consumidor como protagonista.
O padrão deveria ser sempre esse, inclusive em SEO.
O Google tenta dar destaque para os sites que publicam conteúdos realmente relevantes, que atendem às intenções de busca de cada palavra-chave. A big tech também tem sistemas robustos para punir as tentativas de manipulação.
Na prática, muitas empresas ainda não têm clareza sobre o que a sua audiência espera encontrar. Ou ainda enxergam SEO apenas como um jogo de números.
Dois exemplos clássicos são o “post feito só para SEO” e a “palavra-chave sem buscas mensais”.
O post só pra SEO tem uma palavra-chave que gera muitas buscas mensais, mas não interessa realmente à sua audiência. A função desse artigo é apenas ranquear no Google, não solucionar um problema da audiência.
Já a “palavra-chave sem buscas mensais” é muitas vezes deixada de lado, mesmo quando é altamente relevante para o público-alvo. Afinal, se não gera buscas, para que produzir?
Quando esse tipo de raciocínio escala, os sites deixam de ser “centrados no visitante” e se tornam “centrados no buscador”.
O SEO centrado no usuário tem benefícios para os visitantes e para os negócios, inclusive no aspecto financeiro.
Entre eles:
Esses benefícios existem porque o Google trabalha ativamente para entregar as melhores respostas possíveis às pessoas.
Para isso, precisa exibir sites que mostram justamente o que os visitantes querem saber.
Logo, se você colocar os interesses da sua audiência no centro dos processos, você se torna um bom candidato a aparecer na primeira página.
Também é assim nos sistemas de IA, como ChatGPT e Gemini. Quando eles citam alguma fonte externa em uma resposta, preferem sempre as páginas que estão melhor conectadas com o prompt digitado pelo visitante.
Logo, quem se preocupa com o que o visitante realmente quer saber tem mais chances de aparecer.
Marcas preocupadas com a experiência dos visitantes investem em escolhas editoriais relevantes, boa experiência de navegação, usabilidade e performance.
Juntos, esses elementos permitem entregar o que o visitante quer saber, da forma mais rápida e prática possível.
Veja abaixo os elementos que constituem o SEO centrado no usuário.
A intenção de busca é aquilo que leva alguém a usar o Google. É o que a pessoa quer saber ou realizar – aprender a resolver um problema, comprar um produto, comparar opções ou buscar informação.
Sempre que criar ou otimizar uma página, pense no seguinte:
Use essas respostas para orientar o conteúdo do seu site. Se o texto não atender à intenção de busca daquela palavra-chave ou tópico, você dificilmente aparecerá no Google (e, mesmo que apareça, dificilmente agradará aos visitantes).
Experiência de página é o quanto o seu site é agradável de usar.
A navegação deve ser simples, as páginas devem carregar rapidamente e o site deve funcionar em qualquer tipo de dispositivo.
Há diversas formas de implementar, desde pesquisas e melhorias em UX (User Experience) até edições para melhorar o código-fonte das páginas.
O Google avalia a qualidade especificamente a partir da velocidade de carregamento, estabilidade visual, qualidade na interação com elementos, presença de protocolo HTTPS, ausência de publicidade invasiva e facilidade de navegação em dispositivos móveis.
Os conteúdos do seu site devem ser únicos, originais, aprofundados e de alta qualidade.
Não há formas únicas de mensurar essa “qualidade”, então sugerimos que você se guie por:
Além disso, atualize o seu conteúdo com frequência. Sempre que houver mudanças significativas em algum conceito, tecnologia, produto ou serviço, atualize as informações de acordo. Vale tanto para blogs quanto para as páginas estáticas do site.
Seu site deve ser facilmente acessado pelo maior número de pessoas possível.
Além de fazer parte das boas práticas gerais de SEO, a acessibilidade também oferece um reforço positivo de marca e assegura que nenhum grupo se sinta excluído ao acessar o seu conteúdo.
Outro aspecto são os textos, que devem ser claros e facilmente lidos. Ou seja, usar linguagem direta e fácil de entender, especialmente ao falar de temas mais delicados, como políticas de devolução ou regras promocionais.
Isso evita a confusão, principalmente de pessoas que não conhecem a sua marca e estão chegando pela primeira vez a partir do Google ou de uma LLM.
Ser transparente significa informar claramente quem você é e qual é a sua expertise.
Isso cria uma relação de confiança com o consumidor – e importa ainda mais em segmentos de mercado mais delicados, como direito e saúde.
Basta informar claramente quem são os autores dos posts e qual é o histórico da sua empresa, por meio de páginas de “sobre”.
Para enriquecer a experiência dos visitantes no seu site, invista na definição de público-alvo, em auditorias técnicas e de conteúdo e nas adaptações da sua linha editorial.
São passos simples de entender, mas complexos para executar de forma consistente.
Um dos principais obstáculos é que muitas métricas não aparecem de forma explícita em relatórios. A solução é criar planos de ação que consideram diretamente as opiniões da audiência. Isso demanda tempo, mas gera excelentes resultados no médio e no longo prazo.
O primeiro passo é sempre entender quem é a sua audiência. Se você não sabe quem faz parte da sua audiência, fica impossível otimizar o site para ela.
O jeito mais simples é definindo os seus perfis de público ideal ou personas.
Perfil de público ideal, ou ICP, é um recorte das pessoas que você quer atingir com o seu marketing.
Mapeie quem são essas pessoas, quais são os problemas que elas precisam resolver, como elas se informam e como a sua empresa pode ajudá-las a superar cada desafio.
No caso da SEO Happy Hour, são profissionais de SEO e gerentes de marketing. São pessoas que precisam resolver problemas técnicos e gerar mais receita com seus sites. Todos os nossos conteúdos têm foco nessas pessoas.
As personas são representações semifictícias do seu público-alvo.
Se você usar essa estratégia, defina nome, ocupação, desafios, hábitos de consumo de informação, entre outras pessoas relevantes.
Você sairá com algo como o “Joãozinho, gerente de marketing em uma multinacional, que lê newsletters todos os dias e acompanha as atualizações de produto do Google porque elas influenciam o seu trabalho”.
Para construir o ICP e a persona, busque dados reais dos clientes que você já atende. Se estiver começando agora, mapeie quais grupos você quer atingir e faça pesquisas de campo para entender o comportamento deles.
A proposta de valor é aquilo que você tem de melhor para oferecer. É uma definição de como você ajuda o seu público a solucionar problemas e o que te diferencia da concorrência.
Definir essa proposta com clareza traz vários benefícios para o seu site:
Sempre que estiver otimizando uma página ou criando conteúdo, considere como se conecta com a sua proposta de valor.
Por exemplo: “A SEO Happy Hour melhora o seu tráfego orgânico e a geração de leads por meio de estratégias de otimização para buscadores e chatbots de IA”.
Praticamente nenhum conteúdo publicado aqui no site da SHH foge desse escopo. E, quando escrevemos sobre temas complementares, como UX ou produção de conteúdo, sempre estabelecemos conexões diretas com a nossa proposta de valor.
Auditorias são “inspeções” no seu site para identificar o que está indo bem e onde há problemas.
No que diz respeito à SEO centrado no usuário, há dois tipos de auditoria principais, as técnicas e as de conteúdo.
Auditorias técnicas analisam aspectos que tornam o seu site mais rastreável e indexável. Por exemplo: tempo de carregamento, implementação de dados estruturados, otimização de código, presença de protocolo HTTPS, duplicação de conteúdo, entre outras.
Já as auditorias de conteúdo analisam a qualidade individual de cada página. Elas levam em consideração a qualidade das páginas, possíveis lacunas que o seu site não aborda, temas que mais e menos geram tráfego, elementos de SEO on-page, métricas de engajamento, entre outras.
Realize ambas com frequência – o tempo exato depende do tamanho do site, mas, em geral, a cada 6 ou 12 meses. Assim, você entenderá melhor o que agrada e o que desagrada à sua audiência.
Melhore os vários fatores que melhoram a usabilidade do site.
Comece pelo “básico”, que o Google avalia como sinais de experiência de página:
Além disso, invista em UX design e UX writing. São otimizações em layout e estrutura de página para melhorar a navegação. Inclui testes com posicionamento de botões, blocos de CTA, otimização de textos e navegação.
Neste processo, considere ainda as ações que melhoram a acessibilidade. Observe questões como tamanho de texto, contraste, se há necessidade de tradução, HTML semântico e texto alternativo para imagens.
Conteúdo escaneável é mais fácil de ler e acompanhar. São aqueles posts em que basta “dar uma olhadinha” para entender o básico do conteúdo e saber como encontrar informações dentro da página.
Já faz alguns anos que a leitura dinâmica de páginas se tornou um hábito. Criando conteúdos otimizados para esse formato de leitura, que escaneia a página em vez de ler tudo, você proporciona uma experiência de navegação mais agradável.
Para fazer isso, priorize:
CTAs, ou Chamadas para Ação, devem ser claros, concisos e persuasivos.
Um erro comum que prejudica a navegação (e as vendas) são CTAs genéricos, que oferecem pouca informação ou contexto.
São os clássicos “veja mais”, “leia aqui” e “compre”.
Em alguns contextos, eles até funcionam bem, mas podem ser substituídos por opções mais completas, como:
São frases simples, mas que explicam precisamente qual é o próximo passo.
Além do texto, considere também o aspecto visual dos CTAs. Destaque-os na página, para que o visitante entenda rapidamente que se trata de um campo diferente dos demais.
Além dos KPIs tradicionais de SEO, observe sempre as métricas de engajamento do seu conteúdo.
Os principais indicadores são:
Sem essas análises, fica difícil saber se a estratégia está funcionando mesmo.
Procure criar ciclos de feedback para melhora contínua da sua operação.
Em bom português, isso quer dizer ter um olhar atento para os dados, aprender com o que deu certo e adaptar as ações sempre que necessário.
O diferencial aqui é atentar-se para os hábitos dos visitantes. Analise as métricas tradicionais de SEO, como tráfego, cliques e conversões, mas também o comportamento real das pessoas.
Tente sempre identificar quais CTAs convertem mais, quais páginas são mais atrativas e quais visuais prendem mais a atenção.
Na hora de produzir conteúdo para SEO, observe quais temas geram mais discussões e comentários. Comentários em redes sociais, fóruns e problemas reais dos seus clientes são todas oportunidades de pauta.
Quando descobrir o que funciona melhor, escale.
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Conte com a SEO Happy Hour para implementar a estratégia. Nossa equipe é composta por especialistas nas diversas áreas do SEO e está a postos para ajudar sua empresa a alcançar o próximo nível. Entre em contato com a gente!
Elyson Gums é redator na SEO Happy Hour. Trabalha com redação e produção de conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014, em segmentos B2C e B2B. É bacharel em Jornalismo (Univali/SC) e mestre em Comunicação Social (UFPR).
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