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O que é SEO e como funciona? Guia completo para iniciantes

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    Elyson Gums

  • Data de publicação da notícia.

    Atualizado em 07/05/2025

  • Tempo de leitura da notícia.

    25 min de leitura

SEO significa otimização para mecanismos de busca. É um conjunto de ações para aparecer em destaque nos buscadores para palavras-chave específicas. O objetivo é aumentar a audiência do site e gerar novos leads e negócios.

Mas, como funciona na prática? Precisa pagar? De que forma aparecer no Google e nos mecanismos de IA aumenta o faturamento das empresas? Ainda vale a pena investir nisso com a IA generativa no horizonte?

Hoje responderemos a essas e outras perguntas comuns sobre SEO. Criamos este post para quem está começando a estudar o assunto agora, ou já ouviu falar sobre, mas não conhece os detalhes e estratégias (ou nunca aplicou).

Como SEO funciona?

A função do SEO é ajudar as pessoas a encontrarem o seu site através de mecanismos de busca.

Vamos imaginar que você é dono de uma cervejaria. Se o seu site aparece no topo do Google quando alguém digita “comprar cerveja”, você naturalmente atrai mais compradores e fatura mais. É como se fosse a vitrine de uma loja, mas todo mundo que passa na frente está com sede. 🍻

Isso funciona para todo tipo de site. E-commerces vendem mais, sites de notícia ganham mais tráfego e aumentam o faturamento com anúncios, etc.

Para que isso aconteça, são necessárias duas coisas:

  • Os buscadores precisam entender o seu site. Google, ChatGPT, entre outros, usam robôs para ler as informações das páginas. É assim que eles sabem quais são as melhores páginas para exibir para cada pesquisa;
  • Seu site deve ser agradável para os visitantes. Se as pessoas não gostarem do seu site, elas não compram nada. E quando elas não gostam dos resultados dos buscadores, param de usar. Por isso, ninguém exibe conteúdo ruim de propósito.

SEO engloba as diversas estratégias para fazer isso. É uma área que mistura conhecimentos de desenvolvimento web, marketing, redação, design, entre outras. 

Alguns exemplos de ações de SEO que influenciam na posição dos sites nos buscadores são: 

  • Organizar as páginas para facilitar a navegação;
  • Criar conteúdo útil, que realmente acrescenta valor para quem está lendo;
  • Deixar o seu site mais prático e interessante de ler;
  • Incluir links internos, que levam os visitantes de uma página do site para outra com naturalidade;
  • Evitar anúncios que distraiam os visitantes, como aqueles pop-ups chatos que ocupam a tela toda;
  • Criar bons títulos, que deixem as pessoas com vontade de ler o seu site (mas sem clickbait);
  • Tornar o seu site mais rápido, inclusive em dispositivos móveis.

Um detalhe é que você não pode “comprar posições de SEO” no Google. Para aparecer bem, tem que realmente suar a camisa e trabalhar no site.

Os buscadores têm espaços para conteúdo “orgânico” e “pago”. Para aparecer no “patrocinado” (marcado em azul na imagem), basta pagar e rodar campanhas de Google Ads. Para aparecer no orgânico (marcado em vermelho), precisa de SEO.

Captura de tela do Google para a pesquisa 'comprar cerveja', com diversas fotos de garrafas grifadas em azul, no topo da página, e um site de cervejaria como primeiro resultado orgânico, grifado em vermelho

Se você tem um pequeno negócio ou está começando agora, pode fazer SEO por conta própria ou com apoio de freelancers. Projetos maiores ou mais estruturados precisam de profissionais especializados, que podem ser equipes internas, consultorias ou agências. 

Como os buscadores funcionam?

O básico do processo é o rastreamento e a indexação. A partir deles, os buscadores podem identificar as páginas mais relevantes para cada tipo de pesquisa. Funciona assim com todo tipo de buscador, inclusive os baseados em IA.

Quando você entende esses processos, as ações de SEO passam a fazer mais sentido. Veja, por exemplo, como funciona o Google:

  1. Ele usa um robô chamado Googlebot para identificar e processar o conteúdo de milhões de páginas publicadas na internet todos os dias. O nome desse processo é rastreamento.
  2. As páginas julgadas relevantes são adicionadas a um índice, que é como se fosse uma “lista telefônica ” com todos os sites rastreados. O nome desse processo é indexação;
  3. Sempre que alguém faz uma pesquisa, o Google procura a lista telefônica e entrega os sites mais relevantes;
  4. Geralmente as pessoas clicam nos três primeiros resultados;
  5. Para certos tipos de pesquisa, o Google exibe conteúdo direto na tela, na forma de AI overviews, snippets destacados, ou bloco de perguntas. Nesses casos, o visitante não precisa acessar nenhum site para descobrir o que está buscando.

Trocando em miúdos: SEO facilita os processos de rastreamento e indexação. Cria páginas que os robôs conseguem acessar e entender mais facilmente e adiciona informações relevantes e que interessam às pessoas. Posteriormente, elas são exibidas em diversos formatos.

Por que SEO é importante?

SEO atrai as pessoas certas para o seu site. De pouco adianta você investir tempo e dinheiro num site e ninguém entrar. Também não adianta ter um monte de visitas aleatórias, de gente que não quer comprar. E menos ainda ser “refém” de anúncios para gerar receita para a sua empresa.

A otimização para mecanismos de busca é uma solução para todos esses problemas. SEO proporciona:

  • Mais tráfego;
  • Mais receita a partir do fluxo de pessoas que chega ao seu site;
  • Promove crescimento estável e de longo prazo;
  • Costuma ser mais econômico do que o investimento em anúncios;
  • Contribui para o seu branding e a sua credibilidade;
  • Aumenta o engajamento com a audiência.

Há várias outras vantagens – você pode ver aqui os principais benefícios de investir em SEO em detalhes. 

Elementos básicos de SEO

Para se aprofundar em SEO, é necessário conhecer alguns conceitos básicos:

  • Palavras-chave: é o que as pessoas pesquisam;
  • Intenção de busca: o porquê elas pesquisam;
  • Conteúdo: é o que você entrega;
  • Links: são as conexões entre as páginas do seu site;
  • Experiência de página: define se o seu site é agradável ou não para navegar;
  • Performance: é a velocidade do seu site.

Qual o papel das palavras-chave em uma estratégia de SEO? 

Palavras-chave são os termos que as pessoas digitam em um buscador. Por meio delas, o Google consegue entender o que um visitante quer saber e quais sites têm aquela informação.

Dentro de uma estratégia de SEO, os melhores termos são escolhidos através de pesquisas de palavras-chave. São observadas as expressõesmais relevantes para o negócio, concorrência, potencial de aparecer na primeira posição, estimativa de tráfego, entre muitas outras variáveis.

Um exemplo bem simples para entender a importância desse processo: se você é uma loja que só vende cerveja, não faz sentido publicar conteúdo sobre vinho, né? 

Em vez disso, você terá mais lucro se tentar aparecer para termos como “cerveja pilsen”, “cerveja ipa”, “cerveja artesanal”, “comprar cerveja”, entre outras.

Há vários tipos de palavras-chave. Em geral, podemos considerar:

  • Informativas, para quem está buscando informação (“do que é feita a cerveja?”);
  • Navegacional, para quem está usando o Google como um “atalho” para chegar a um site específico (“site da Brahma”);
  • Transacional, para quem quer fazer uma compra (“comprar cerveja”).

Depois de encontrar as palavras-chave, elas são inseridas de forma estratégica nas páginas, sem exagero. Normalmente, em títulos e subtítulos, descrições, primeiro parágrafo de texto, URL, entre outros locais.

Veja um exemplo abaixo. É um texto do nosso blog, para a palavra-chave “navboost”. Note que a palavra-chave aparece em vários locais, mas de forma natural. Aliás, o Google considera spam encher a página de palavras-chave só para tentar “hackear” o algoritmo.

Exemplo de blog da SEO Happy Hour, com palavras-chaves marcadas entre retângulos vermelhos na URL do conteúdo, título, primeiro parágrafo e subtítulos

Intenção de busca em SEO: por que as pessoas pesquisam?

A intenção de busca é o motivo pelo qual uma pessoa pesquisa algo nos buscadores. Se o seu site não entrega de forma direta o que a pessoa está procurando, ele não chegará às primeiras posições.

Outro detalhe é que você deve pensar de forma específica na intenção de busca. Os tipos de palavra-chave – informacional, navegacional e transacional – até dão uma pista, mas não são o suficiente para montar uma estratégia de SEO sólida.

Vamos ver no detalhe:

Palavra-chaveIntenção de buscaO que o Google exibe
comprar cervejaComprar cerveja (essa tá fácil, né?)Sites de e-commerce, páginas de produto, páginas de categoria
cerveja ipaSaber mais sobre um tipo de cerveja específicoBlogs, descrições rápidas com IA, páginas de produto
brahmaInteresse específico na marcaSites oficiais da Brahma
idade da taylor swiftTirar uma dúvida rápidaResultado direto no buscador (não precisa clicar para descobrir)
fernanda torresSaber mais sobre carreira e notícias sobre a atriz Resumos da carreira, principais notícias
ingresso rock in rioVer notícias, lineup do festival e comprar ingressosSite oficial do Rock In Rio

Logo:

  • Não adianta fazer posts informativos e tentar aparecer para “comprar cerveja”;
  • Você dificilmente ranqueará para o termo “brahma” porque o Google entende que a pessoa quer ver o site da Brahma, não o seu;
  • Se fizer um texto respondendo “quantos anos a Taylor Swift tem”, provavelmente terá pouco tráfego, já que o próprio Google dá essa informação.

Ou seja, antes de postar ou atualizar qualquer coisa no seu site, pense nas palavras-chave alvo e na intenção de busca delas. Este é um macete bem simples pra descobrir: 

Qual o papel do conteúdo dentro de SEO?

Conteúdo são as informações que estão dentro das páginas do seu site – os textos, títulos, imagens e demais conteúdos multimídia. Ter bons conteúdos aumenta bastante as suas chances de aparecer nas primeiras posições para as suas palavras-chave alvo.

Esse conteúdo deve estar diretamente relacionado com a intenção de busca e precisa ajudar o visitante a tomar uma decisão ou se informar. Por exemplo:

  • Uma página sobre “cerveja ipa” pode explicar rapidamente o que é esse tipo de cerveja, como é o gosto e como se compara às “tradicionais”;
  • Uma página sobre “ingressos rock in rio” deve exibir botões de compra em destaque”
  • Uma página sobre “SEO”, como esta, deve mostrar os detalhes do processo, como funciona, estratégias específicas, dicas para implementar, etc. 

Atualmente, os sistemas de ranqueamento do Google priorizam conteúdo útil. São páginas bem escritas e que realmente interessam às pessoas, ao invés de informações genéricas ou que já foram publicadas em outros sites. 

Links são importantes para SEO?

Como o nome sugere, links são as ligações entre páginas de um site. É qualquer palavra que você pode clicar e te leva para outra página, como os menus ou as expressões em azul que aparecem ao longo do texto.

Os links são fundamentais para SEO por várias razões:

  • Ajudam os buscadores a identificar o contexto das páginas;
  • Determinam a relevância de uma página; 
  • Permitem transmitir autoridade de uma página para outra (ou de um domínio para outro);
  • Facilitam o rastreamento de novas páginas;
  • Tornam a navegação mais simples para os visitantes.

Essa lógica funciona desde os primórdios do SEO, lá no início dos anos 2000. Um dos algoritmos mais antigos (e famosos) do Google é o PageRank, criado para calcular a relevância de páginas com base nos links que elas recebem.

O PageRank ainda existe, mas hoje o Google tem diversos outros sistemas também. Os links continuam relevantes, mas não são mais o elemento definitivo.

Em SEO, podemos pensar em dois tipos de links: 

  • Links internos: são links que levam para outras páginas do seu site, para melhorar a navegação;
  • Links externos: são links para outros sites. Devem ser adicionados com estratégia para não transmitir autoridade aos seus concorrentes diretos. 

Experiência de página 

A experiência de usuário, ou experiência de página, é o quanto o seu site é fácil, rápido e agradável de navegar. Quanto melhor a experiência, maior tende a ser o engajamento com os visitantes. 

Por padrão, os buscadores preferem exibir primeiro sites com boa experiência. Inclusive, o Google encoraja o investimento em experiência de página desde pelo menos 2009.

Hoje o buscador mede a experiência a partir de:

  • Estabilidade visual da página;
  • Interatividade e velocidade de resposta;
  • Tempo de carregamento;
  • Presença de protocolo HTTPS;
  • Ausência de publicidade intrusiva;
  • Responsividade em dispositivos móveis.

Os três primeiros itens fazem parte das Core Web Vitals, métricas “oficiais” de performance para SEO do Google. 

Para lidar com otimizações de experiência, geralmente os profissionais de SEO trabalham em conjunto com desenvolvedores, designers e profissionais de Experiência do Usuário (UX). 

Para ver os detalhes (e informações técnicas), leia o guia de experiência de página do blog da SHH.

Performance de site

A performance está diretamente relacionada com a experiência de página. É a velocidade real e percebida do seu site, definida pela otimização técnica do seu site. Quanto mais rápido, melhor é a experiência dos visitantes.

Ela pode ser medida através de:

  • Tempo de carregamento;
  • O quanto demora para o site se tornar usável;
  • A fluidez nas animações exibidas na página, como no momento de rolar a página ou fechar um pop-up.

Uma performance ruim prejudica várias métricas do site, como receita e leads gerados, taxa de conversão e até tráfego orgânico. 

Geralmente, para ter um site com melhor performance, profissionais de SEO devem trabalhar em conjunto com desenvolvedores. Deixar um site mais rápido envolve melhorias muito técnicas, como melhorar recursos para renderizar páginas, simplificar códigos e diminuir o tamanho de arquivos.

Para saber mais, leia nosso guia de performance na web.

Quais são os tipos de SEO?

SEO é uma área que combina diversas “disciplinas”, indo desde redação e design até desenvolvimento. Por isso, é comum dividir o trabalho dentro de três subgrupos menores:

  • SEO on-page: tudo o que você faz dentro do site;
  • SEO off-page: tudo o que você faz fora do site;
  • SEO técnico: otimizações técnicas na estrutura do site.

Também podemos pensar em SEO local, SEO para aplicativos, para redes sociais, entre outros. Mas, como são práticas com aplicações mais limitadas, por enquanto vamos focar nos três tipos principais. 

SEO on-page

São as otimizações que você pode fazer dentro do seu site. Trocar títulos, editar conteúdo, adicionar novas imagens, alterar descrições, alterar hyperlink, entre outras.

É importante manter as otimizações em dia porque é uma das poucas variáveis sobre as quais você tem controle em SEO. Você não pode obrigar o Google a ranquear os seus sites, obrigar as pessoas a fazerem links pra você, e nem derrubar o site dos seus concorrentes, mas pode sempre criar sempre páginas melhores, com conteúdos úteis e bem estruturados.

Uma lista rápida de ações inclui:

  • Otimização de títulos;
  • Otimização de descrições;
  • Otimização de heading tags;
  • Adicione conteúdo útil às páginas;
  • Atualização de conteúdos antigos;
  • Satisfação de intenção de busca;
  • Uso adequado de palavras-chave;
  • Otimização de URLs;
  • Atenção para design, layout e UX;
  • Otimização de imagens;
  • Linkagem interna.

Leia nosso guia completo de SEO on-page para aprender como fazer.

SEO off-page

São as ações que você realiza fora do seu site para melhorar a visibilidade nos mecanismos de busca. É o caso de posts em redes sociais, assessoria de imprensa, PR digital, entre outras.

Uma das táticas mais famosas (e polêmicas) é o linkbuilding. Significa basicamente comprar ou “trocar” links com outros portais para tentar aumentar a relevância do seu site para o Google.

Essa estratégia divide opiniões e nós não fazemos aqui na SEO Happy Hour. Acreditamos que na maior parte dos casos há investimentos mais estratégicos de tempo e dinheiro – e os resultados dos nossos clientes comprovam essa tese.

As principais ações de SEO off-page incluem:

  • Marketing de conteúdo;
  • Divulgação em redes sociais;
  • Campanhas com influenciadores;
  • Menções de marca em outros sites;
  • Posts estratégicos em fóruns;
  • Participação em podcasts e webinars;
  • Criação de conteúdo compartilhável.

SEO técnico

SEO técnico são as otimizações para que o Google rastreie e indexe o site mais facilmente. Lida com arquitetura do site, renderização, protocolos de segurança, dados estruturados, entre outros.

Estes são temas complexos e envolvem o chamado “backend” do site. São melhorias para que o domínio funcione melhor, o que facilita o trabalho dos mecanismos de busca e melhora a experiência de página. 

As melhorias são realizadas por equipes de SEO em parceria com desenvolvedores. Em resumo, a equipe de SEO faz auditorias e indica os problemas, enquanto os programadores implementam.

Entre as principais práticas, temos:

Aqui no blog da SEO Happy Hour temos um guia completo sobre SEO técnico, recomendamos a leitura.

E, caso você não entenda alguns conceitos logo de cara: não se preocupe! Eles podem ser mais complicados para quem não tem um histórico de conhecimento em desenvolvimento web ou SEO. Estude com calma e busque a ajuda de profissionais caso encontre problemas muito difíceis de resolver no seu site. 

Qual é a relação entre SEO e Inteligência Artificial?

A popularização das IAs generativas mudou bastante a forma como pensamos em SEO. Ela abriu diversas possibilidades, como a publicação de conteúdos em massa e o surgimento de novos mecanismos de busca. 

Podemos pensar na questão de IA x SEO de dois pontos de vista:

  • Para criação de conteúdo e automação de tarefas: é a incorporação de Inteligência Artificial nas rotinas de SEO;
  • Novos mecanismos de busca: recursos de pesquisa de ChatGPT e outras ferramentas do tipo.

Veja abaixo como funcionam.

IA para criar conteúdo para SEO (e outras atividades) 

Recomendamos ter cautela na aplicação. É verdade que a IA pode aumentar a produtividade, mas os resultados nem sempre valem a pena. Especialmente se você não refinar os prompts ou não fizer uma revisão cuidadosa dos resultados.

De um ponto de vista prático, o Google não pune quem posta conteúdo gerado por IA. No entanto, a plataforma está criando novas formas de retirar conteúdo de baixa qualidade dos primeiros resultados. E, sem revisão, “gerado por IA” e “ruim” são sinônimos na maioria das vezes.

Outro erro é não entender a fundo como as IAs funcionam. Por exemplo, um conselho que se ouve muito é “use o ChatGPT para fazer pesquisas de palavras-chave”. 

Na verdade, o ChatGPT pode te ajudar em parte desse trabalho. Ele pode até te dar ideias de expressões e termos possíveis, mas não tem acesso a dados importantes, como volume de buscas mensais, concorrência, entre outros. Logo, será muito difícil ter resultado apenas com base na IA.

Além disso, nem mesmo as estratégias mais elaboradas são à prova de falhas. Veja este estudo de caso sobre conteúdo gerado por IA, de uma empresa que tentou recriar todos os textos de um concorrente. Essa “malandragem” teve vida curta.

Apesar desses exemplos negativos, tem várias formas mais interessantes de usar a IA generativa:

  • Criar texto alternativo de imagens;
  • Estruturar o texto e organizar as ideias antes de escrever;
  • Fazer revisão de ortografia, gramática e estilo;
  • Criar rascunhos e “proótipos” de conteúdos;
  • Fazer análises simples de dados;
  • Gerar descrições de produto para e-commerce, metadescrições e títulos;
  • Facilitar a implementação de dados estruturados. 

Com revisão adequada, a IA é uma grande aliada de profissionais de SEO. O que não pode é achar que ela fará todo o trabalho.

Mecanismos de busca alimentados por IA

Além de apoiar em tarefas diárias, a IA também está promovendo uma transformação na forma como as pessoas pesquisam informações na internet. Antes, o jeito mais fácil de saber algo era “dar um Google”. Hoje, muita gente já prefere ir direto para o ChatGPT.

Esse cenário provocou alguns movimentos distintos, como: 

  • Pela primeira vez, o Google passou a ocupar menos de 90% do mercado de buscas na internet;
  • Google e Microsoft lançaram os seus próprios recursos de IA generativa, como Gemini, AI Overviews e Copilot, que foram incorporados aos mecanismos de busca;
  • O ChatGPT lançou seu próprio sistema de busca. Inicialmente foi chamado de “Search GPT”, hoje é o recurso “pesquisar na web”, que está cada vez mais completo e já conta até com funcionalidades específicas para pesquisa de produtos.

Tudo isso mudou radicalmente o mercado.

Primeiro, porque a partir de agora SEO possivelmente gerará menos tráfego. Afinal, as respostas diretas sobre vários conceitos estão disponíveis direto nas ferramentas de IA. Elas até indicam os sites usados para gerar as respostas, mas nem todas as pessoas clicam nelas.

Além disso, agora também é possível (e necessário) otimizar conteúdos para aparecer em mecanismos de IA generativa.

Esse conceito tem vários nomes, como GEO ou AEO. Na prática, as estratégias são as mesmas de SEO: usar dados estruturados, publicar conteúdo de qualidade, atender às intenções de buscas, entre outros.

O maior diferencial são os detalhes:

  • Conteúdos precisam ser diretos, com conceitos de fácil identificação, já que as pesquisas generativas usam linguagem natural;
  • Por enquanto, os rastreadores das IAs generativas ainda não lidam bem com JavaScript, então é necessário ter atenção no caso de sites que dependem dele para exibir conteúdo; 
  • As buscas generativas são extremamente específicas e personalizadas, ao contrário do SEO “comum” em que é possível otimizar conteúdos para palavras-chaves mais genéricas.

Ainda vale a pena investir em SEO?

Se as pessoas estão deixando o Google e há menos tráfego, significa que SEO está morrendo, certo? Provavelmente você já leu isso em algum lugar, mas a resposta é não. Os mecanismos de busca são fontes valiosas de receita para várias empresas de vários segmentos.

Isso acontece porque as pessoas precisam de um lugar para comprar. A IA generativa é ótima para oferecer uma visão geral sobre os assuntos, mas ela ainda não é um canal eficiente de compras, apesar das atualizaões do ChatGPT.

Fora que as técnicas para “aparecer” na IA generativa são muito semelhantes ao SEO tradicional.

Por isso, o mais correto é dier que SEO está se transformando rapidamente, não morrendo. Antes, bastava otimizar páginas para uma palavra-chave e publicá-las no Google. Hoje, as estratégias estão mais complexas e envolvem outros canais, como marketing de influência, conteúdo multimídia e redes sociais.

Mas, uma coisa é certa: podemos garantir que SEO gera resultados. Os nossos clientes também!

O que são os core updates do Google?

Core updates são as atualizações principais do buscador. São mudanças nos sistemas usados para classificar conteúdo – e deixam muitas pessoas de cabelo em pé porque costumam causar muita volatilidade.

Essas atualizações ocorrem várias vezes por ano, sempre que o buscador precisa “calibrar” os sistemas que definem os resultados da primeira página. O Google compara o processo com fazer uma lista de melhores restaurantes:

Uma maneira de pensar em uma atualização principal é imaginar que um amigo pediu suas melhores recomendações de comida. Embora você tenha uma lista dos seus 20 restaurantes favoritos, as coisas mudaram desde que você o escreveu em 2019. Alguns restaurantes novos que não existiam antes agora são candidatos à sua lista. Você pode reavaliar alguns restaurantes e perceber que eles assumiram uma posição melhor na lista, considerando as experiências positivas que você teve lá ou a preferência do seu amigo por restaurantes que aceitam cachorros. A lista vai mudar, e os restaurantes que forem para posições mais baixas não são necessariamente ruins. É só que há outros restaurantes que estão entre os 20 primeiros.

Há um anúncio oficial sempre que um core update começa e termina. No período, sites podem ganhar ou perder posições muito rapidamente, então essas datas são uma forma de avaliar os impactos e corrigir a rota quando necessário.

Aqui no blog da SHH temos um guia geral sobre core updates, que explica em detalhes como funcionam e qual é a sua importância para SEO. 

Quanto tempo demora para SEO dar resultado?

Essa é uma pergunta frequente e a resposta é “depende”. Em geral, fala-se que demora de três a seis meses para ver resultados palpáveis de um projeto de SEO, mas algumas ações geram resultados mais cedo. Inclusive, temos clientes que veem melhorias nos números antes desse prazo.

Muitas variáveis influenciam no prazo:

  • Histórico do site;
  • Recursos disponíveis para executar a estratégia;
  • Velocidade das implementações;
  • Seu nicho de mercado e concorrência atual;
  • As ações necessárias no seu site. 

Os resultados não são imediatos porque sempre que você faz uma alteração no site, os buscadores precisam entendê-la, rastrear a página novamente e atualizar o índice com a nova versão. Tudo isso leva tempo. 

Em geral, considere sempre SEO como um projeto de longo prazo. Até porque mesmo quando você alcançar a primeira posição, precisará continuar trabalhando para se manter lá. 

Para quem tem pressa, o vídeo abaixo mostra algumas ações que podem melhorar seus resultados no curto prazo:

E, para quem quer estudar mais a fundo, temos um guia que mostra quanto tempo leva para SEO aumentar a sua receita.

Ferramentas de SEO

É necessário usar algumas ferramentas específicas para fazer SEO. Elas facilitam análises, fornecem acessos a dados de pesquisas do Google, permitem uma visão detalhada dos aspectos técnicos do site, entre outras. 

Há muitas opções disponíveis no mercado (e o número só tende a crescer, graças às ferramentas alimentadas por IA). 

Veja abaixo um resumo das principais:

  • Semrush, Ahrefs e Moz para análises detalhadas de sites;
  • Screaming Frog e Jet Octopus para análises técnicas detalhadas de sites maiores;
  • Google Search Console e Google Analytics para analisar dados;
  • Looker Studio para criar relatórios;
  • Google Trends para dados do Google em tempo real;
  • Also Asked para dados do recurso “As Pessoas Também Perguntam”;

Mitos sobre SEO

A otimização para mecanismos de busca é um campo muito amplo e com décadas de história. Por isso, é comum que alguns “mitos” se espalhem e demorem para morrer.

Na última atualização de seu guia de SEO, o Google “desmascarou” alguns deles. Conheça-os para evitar as fake news:

  • O Google não reconhece tags HTML para demarcar palavras-chave;
  • Usar palavras-chave em excesso atrapalha SEO. O Google considera essa prática uma tentativa de manipulação do algoritmo;
  • Inserir palavras-chave no nome do site não interfere significativamente nos resultados de busca;
  • Não existe um “tamanho certo” de conteúdo de SEO. Escreva quantas palavras forem necessárias, lembrando que conteúdos úteis e completos são privilegiados pelo buscador;
  • Para o Google, tanto faz hospedar seu blog em um subdomínio (como blog.seohappyhour.com) ou em um subdiretório (seohappyhour.com/blog);
  • Receber links é um critério de ranqueamento, não o critério;
  • Conteúdo duplicado pode atrapalhar os seus resultados, mas não gera punições por parte do Google. Aqui, estamos falando de conteúdo autoral acessível por diferentes URLs, não de plágio ou cópia indevida; 
  • Títulos internos são excelentes para experiência de leitura, mas não interferem diretamente no rastreamento de páginas.

Como aprender mais sobre SEO?

Nosso guia chegou ao fim! Ficou longo, e olha que passamos apenas pelas informações mais básicas. Ainda faltou abordar muitos conteúdos mais avançados, como palavras-chave semânticas, robots.txt, códigos de resposta HTTP, renderização de páginas, CDN…

Se você quer continuar aprendendo sobre SEO, a SHH tem vários canais com conteúdo mais avançado:

Também montei guia de recursos para estudar SEO com os materiais que usei para aprender (e ainda uso para me atualizar). 

E, se você precisa de apoio profissional nas estratégias de SEO da sua empresa, conheça os serviços da SEO Happy Hour! Temos um time de especialistas com mais de uma década de experiência em levar empresas ao topo dos mecanismos de busca. 

  • Elyson Gums

    Elyson Gums

    Jornalista e mestre em Comunicação Social. Produzo conteúdo para projetos de SEO e inbound marketing desde 2014.

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